Baladas de música eletrônica e black music
Seleção inclui Audio Delicatessen, Cabaret, Club A e D-Edge, entre outras
De estrutura modesta, o clube se divide entre o lounge no piso térreo e a diminuta pista no andar superior. Abrigava até um tempo atrás a festança Luxúria, de tema fetichista, que mudou de endereço. Agora, a agenda traz as mensais Party Íntima, de indie rock e electro, e a Old Skull, focada em música mais pesada, como ebm (mistura de eletrônico industrial com electropunk).
“Manos” com calças largas e “minas” de vestidinhos e penteados caprichados espalham-se pelo amplo salão. Antes de entrar na pista, os fãs de funk e black music fazem uma paradinha no lounge, onde há um bar com um comprido balcão. Às quintas e aos sábados, quatro DJs e um MC convidado (especialista em rimas de improviso) põem esse pessoal para requebrar. Atenção: a casa não aceita cartões de crédito.
Cravada entre os prédios de escritório no bairro do Brooklin, a casa busca inspiração nos antigos cabarés (todos os sofás dos camarotes, por exemplo, são vermelhos). Um pessoal bem arrumado na faixa dos 25 anos frequenta o pedaço, que ostenta um grande painel móvel de LEDs e um telão. Quarta é dia de black music. As demais noites de funcionamento são embaladas por música eletrônica em suas mais diversas vertentes.
Próxima de endereços roqueiros como o CB Bar e o Alley Club, a Clash esbanja boas atrações do eletrônico. No enorme galpão decorado com adesivos, cartazes e telões, fazem sucesso os DJs, principalmente os de tecno, em projetos tradicionais como Circuito, Fuego e Friends on Deck. Costumam dar as caras por lá figuras bem cotadas, entre elas os brasileiros Anderson Noise e Gui Boratto. Às terças, o som muda de direção e a Clash abriga uma das noites de hip-hop mais disputadas da cidade, a Chocolate. Há três anos essa festa reúne um pessoal bonito, fã do estilo, da dança e da música black. Uma área externa recebe os fumantes. Quando não funciona como balada, o espaço abriga shows igualmente concorridos.
Não confunda com a casa do apresentador Amaury Jr., que tem o mesmo nome e fica no Brooklin. Este Club A, localizado em Moema, faz lembrar uma rave em ambiente fechado. Vertente de batidas pesadas do eletrônico, o trance impera absoluto. As meninas apostam em roupas justas e botas de salto plataforma (existe até uma loja de sapatos no segundo andar do lugar), enquanto os rapazes gostam de regatas e bonés. Mesmo à noite, os festeiros passeiam com óculos escuros tanto na pista quanto no quintalzão externo. Entre os residentes, está a DJ mirim Mayara Leme.
Point de música eletrônica na Zona Norte, o Club Ice tem paredes brancas cobertas por espelhos e iluminação azul. Para compor a temática do lugar, a temperatura é bem baixa e, na entrada, uma névoa provocada por gelo-seco diverte os frequentadores. A 2 metros do chão, a cabine dá bastante destaque ao DJ. Uma espécie de palquinho no meio da pista abriga quem curte exibir o rebolado. Fumantes e interessados em recarregar as forças ocupam as mesinhas da área externa, onde estão instalados o bar e uma temakeria. Quinzenalmente aos sábados, das 15h às 21h, jovens de 12 a 17 anos se esbaldam em uma matinê — meninas pagam R$ 30,00 e garotos R$ 40,00.
Nem todo mundo sabe, mas a D-Edge foi criada há dez anos pelo empresário e DJ Renato Ratier em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Em 2003, abriu uma filial em São Paulo. A matriz fechou dois anos depois, mas a franquia paulistana segue firme e forte. Tão forte que figura na 16a posição no ranking de melhores casas do mundo promovido pela revista especializada britânica DJ Mag. Seu maior atributo é a pista decorada com 200 retângulos de luz, tanto nas paredes quanto no teto e no chão, além de três painéis de LEDs verdes que se movimentam conforme o ritmo da música. Outro ponto bastante positivo: a D-Edge é o clube que mais aposta em DJs internacionais na cidade. Toda semana um gringo dá as caras na cabine e, quando pinta um convidado muito importante, os preços estão sujeitos a mudança. À exceção das segundas, regadas a rock, o restante das noites tem o eletrônico como trilha oficial. Um animado after hours rola todos os domingos, a partir das 5h da manhã.
Tomou o lugar da boate Broadway, que funcionou ali até 2007. Dos mesmos donos, a Eazy atrai um público diversificado. Em plena segunda-feira, a festa Sensual Eazy, embalada por funk carioca e black music, faz bombar a pista cercada por camarotes e coalhada de telões. Uma trilha puramente eletrônica tem vez às sextas. Festa GLS concorrida, que lota inclusive a ampla área aberta do lugar, a Flexx anima com house todos os sábados.
Flávia Cecatto cravou seu nome na cena noturna paulistana quando foi dona dos bem-sucedidos clubes B.A.S.E. e Lov.e (esse último durou uma década). Há pouco mais de um ano, deu vida nova a um espaço com 600 metros quadrados no centro. A Hot Hot tem três belos lustres de madrepérola iluminando o lounge, todo estampado com desenhos kitsch padronizados. No cardápio figuram drinques elaborados com picolé de fruta batizados com nomes de boates célebres, como Madame Satã e Latino. Para quem quer fugir do bar, máquinas de doces, café e energético compõem o ambiente. Descendo as escadas, centenas de pessoas dançam sob 8 000 pontos de luzes coloridas que acompanham o ritmo das músicas. Às quartas o rock dá o tom. De quinta a sábado são as batidas eletrônicas que dominam. Dica para evitar filas: é possível comprar o ingresso antecipadamente pela internet.
Recém-inaugurada, a casa noturna aproveitou a estrutura do predinho de quatro andares da finada Hi-Fi para sediar folias de house que mesclam black, dance music e rock. A fachada foi pintada de roxo e as paredes internas de tons escuros. Há duas pistas: uma no térreo, com um telão atrás da cabine do DJ, e outra a céu aberto no terraço, cercada de sofás praianos e um sushibar. O 2º piso ostenta camarotes com cortinas e o 3º, caixas para ajudar no fluxo dos pagamentos.
Gigante da Vila Leopoldina, a balada que ocupa uma área de 10 000 metros quadrados ganhou fama por trazer DJs de peso do cenário eletrônico internacional. Já passaram por lá Fatboy Slim, David Guetta e Paul Van Dyk, entre outros. Com matriz na ilha de Ibiza, na Espanha, a marca tem ainda filiais brasileiras em Florianópolis (SC) e Búzios (RJ). Os preços dos ingressos e do estacionamento podem mudar conforme a atração.
Inaugurado em outubro, o Play Club possui uma fórmula simples, porém eficaz. Frequentado por uma galera arrumada, tem trilha centrada no house, telão que exibe imagens psicodélicas e o nome dos DJs e doze camarotes. Embora pequena, a área de fumantes no 2º andar tem uma agradável vista para a rua.
Fica colada ao Clube Piratininga, sede de bailes para a terceira idade, e ocupa a mesma portinha da Jive, boate que marcou ponto na região entre 2003 e 2009. Lá, uma galera arrumadinha com 18, 20 anos faz fila para ouvir black music e house. A casa segue a linha de clubes como o Heaven, nos Jardins, e o Royal, no centro. Paredes escuras e espelhos decoram os cinco camarotes, o lounge e a pista. No cardápio, há somente uma opção de cerveja: Skol Beats na versão long neck (R$ 10,00).