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Os catorze bairros onde mais se furtam carros em São Paulo

Em média, 109 veículos são furtados diariamente na capital

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 23 abr 2019, 11h45 - Publicado em 23 abr 2019, 11h42
 (Reprodução/Veja SP)
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A artesã Regina Rustice, de 44 anos, sempre deixava o carro na mesma rua para ir à terapia, que frequenta há seis anos. Em julho passado, saiu da consulta no início da tarde, como de costume. Percebeu, então, que o veículo não estava mais do outro lado da via, no Tatuapé, Zona Leste da cidade de São Paulo. Hoje ela usa outros meios para ir até a consulta.

“Foi tudo muito rápido. Falei com o porteiro de um prédio perto, que me mostrou a filmagem, tinha sido há 10 minutos”, conta. “O cara (que furtou o veículo) simplesmente vinha vindo na rua, encostou no meu carro, foi tão rápido que não parecia que ele não era o dono.”

A Zona Leste é a região que reúne seis dos dez bairros campeões de furtos de veículo na cidade. Do total, a maioria dos casos (8 836) ocorre de manhã, enquanto a madrugada é o período do dia menos comum (1 951) para furtos do tipo. 

Confira a lista dos bairros mais visados e o número de furtos em 2018 São Mateus: 855/ Sapopemba: 718/ Ipiranga: 683 / Vila Mariana: 649/ São Lucas: 643/ Tatuapé: 641/ Vila Prudente: 632/ Penha: 587/ Tucuruvi: 564/ 10º Perdizes: 540/ 11º Itaquera: 537/ 12º Água Rasa: 513/ 13º Lapa: 487/ 14º Santana: 475

A maioria dos veículos é levada de vias públicas (foram 23 422 casos), embora a capital também registre casos em estacionamentos pagos e de comércios e serviços, dentre outros. Os dados foram computados pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) a pedido do Grupo Tracker. 

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Ao menos 40 144 automóveis foram furtados na cidade de São Paulo em 2018. O número representa uma redução de 6,7% em dez anos, quando foram registrados 43 056 casos. Na prática, isso significa que, em média, 109 carros são furtados diariamente na capital – ou seja, um a cada 4,5 minutos. 

Bairros

De todos os furtos em 2018 no estado, 41,46% ocorreram na capital. Como aponta o professor Erivaldo Costa Vieira, do Núcleo de Pesquisa da Fecap, os casos também afetam a população “flutuante”, que mora em outras cidades e trabalha em São Paulo.

O professor ressalta que as vias com mais casos são geralmente as de grande extensão, como a Avenida Sapopemba (que tem cerca de 4 quilômetros), que marcou 117 furtos no período. Entre as dezoito com mais ocorrências, há algumas de menor porte também, como a Rua Barão do Bananal, na Zona Oeste, que tem cerca de 1,5 quilômetro. 

Um dos motivos para haver menos roubos nas regiões mais próximas do centro é a maior presença de policiamento e segurança privada afirma o professor Rafael Alcadipani da Silveira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sobre furtos, o professor diz que, caso não ocorra mudanças no local, a tendência é continuarem ocorrendo. “Sempre o criminoso vai perceber onde é mais fácil para atuar. Se ele percebe que não muda o contexto de um lugar, vai continuar achando fácil atuar lá.” 

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