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Ato pró-Palestina na Avenida Paulista pede libertação de ativistas da Flotilha Global Sumud

Ativistas pediram medidas duras do Brasil

Por Agência Brasil
5 out 2025, 19h37
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 (Rovena Rosa/ Agência Brasil/Reprodução)
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Em mais um ato pró-palestina no centro de São Paulo, alguns milhares de manifestantes demonstraram solidariedade aos ativistas presos nesta semana por Israel enquanto tentavam romper o bloqueio naval imposto à região da Faixa de Gaza.

Eles ainda denunciaram a postura violenta da marinha israelense e pediram um posicionamento mais firme do governo brasileiro para garantir a segurança dos 11 nacionais entre as centenas de ativistas detidos.

“O principal motivo de a gente estar aqui hoje é pela luta pela liberdade e pelo fim do genocídio que acontece na Palestina. Também para demonstrar nossa solidariedade à flotilha, que foi sequestrada pelo estado de Israel em áreas de águas internacionais”, disse Ziad Saifi, 51 anos, comerciante de origem libanesa.

“Israel cometeu outro crime e deve ser julgado também por isso, e é por isso que a gente está aqui hoje lutando e gritando em alto e bom som”, disse ele, ao participar do protesto para chamar a atenção ao preconceito que o ocidente tem com o mundo árabe, à perseguição de islâmicos e contra o genocídio do povo palestino.

Concentrados desde o final da manhã na Avenida Paulista, os manifestantes se deslocaram em caminhada rumo à Praça Roosevelt, também no centro.

Bastante heterogêneo, o grupo contou com representantes de partidos políticos e sindicatos, brasileiros de origem árabe e organizações estudantis.

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“Trazemos a exigência que o governo brasileiro, o governo Lula, rompa relações diplomáticas e comerciais com o Estado de Israel”, defendeu o jornalista Bernardo Cerdeira, 70 anos.

“É um absurdo que o governo brasileiro continue exportando petróleo e aço para um Estado assassino, genocida, e a única possibilidade de paz no Oriente Médio é que esse Estado que usa métodos, inclusive, nazistas seja eliminado e que exista uma Palestina livre do rio ao mar, como é a reivindicação de praticamente 100% dos manifestantes aqui presentes”, avaliou.

Lembrando do histórico das intervenções sionistas em territórios palestinos e de outros povos de origem árabe e persa na região, os militantes trouxeram a memória de Yasser Arafat, citada em caráter de igualdade às lideranças atuais e aos participantes da Flotilha.

Arafat foi líder da Autoridade Palestina e chegou a receber o Prêmio Nobel da Paz, por seus esforços em busca da paz no conflito no Oriente Médio.

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Ele morreu em 2004, antes mesmo de parte dos jovens presentes na manifestação deste domingo terem nascido. É o caso de Sol, de 19 anos. Ele tem comparecido aos protestos desde o ano passado e caminhava para protestar contra o genocídio do povo palestino, contra o apartheid e contra o regime neocolonialista de Israel.

“A gente está aqui porque o povo palestino, não só pelo genocídio deles, mas porque o povo palestino representa a resistência anticolonial do mundo inteiro.”

Flotilha Global Sumud

A Flotilha Global Sumud reuniu cerca de 50 embarcações que carregavam 461 ativistas de diversas partes do mundo com doações de alimentos e remédios para o litoral da Faixa de Gaza.

A intenção da mobilização é diminuir o impacto do bloqueio israelense à região, que tem levado a mortes por inanição e a surtos de doenças ligadas à higiene básica e às condições de vida.

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Todos os barcos foram interceptados e seus tripulantes presos, desde a última quarta-feira, ainda fora das águas territoriais israelenses, com uso de equipamentos e tropas da marinha e força aérea de Israel.

Entre as denúncias nesta abordagem uma das que tem chocado o mundo é a de violência não justificada, como teria alegadamente ocorrido à ativista norueguesa Greta Thunberg. Ela teria sido arrastada e espancada, à vista dos demais militantes, como uma espécie de “exemplo”.

“Temos de participar e defender os nossos ativistas, assim como as vítimas desse genocídio”, conclamou a professora aposentada Marta da Silva Mendes, 68 anos, que acompanha o tema há anos por solidariedade.

Brasileiros na flotilha

Dentre os mais de 400 ativistas detidos, onze são brasileiros. Para o Itamaraty, a interceptação fere direito internacional de liberdade de navegação, previsto por convenção das Nações Unidas, além da “detenção ilegal de ativistas pacíficos”.

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Em nota na última quinta-feira (2), o Ministério das Relações Exteriores cobrou a liberação dos brasileiros detidos.

O Brasil defende que Israel “deverá ser responsabilizado por quaisquer atos ilegais e violentos cometidos contra a Flotilha e contra os ativistas pacíficos que dela participam e deverá assegurar sua segurança, bem-estar e integridade física enquanto permanecerem sob a custódia de autoridades israelenses”.

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