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Ativista que ajudou a denunciar João de Deus comete suicídio, diz família

Morte de Sabrina de Campos Bittencourt foi confirmada pelo filho dela pelas redes sociais

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 fev 2019, 13h02 - Publicado em 3 fev 2019, 11h53
Ativista tinha como projeto oferecer apoio aos exilados políticos (Divulgação/Divulgação)
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Ativista e uma das mulheres que ajudou a desmascarar os abusos sexuais cometidos por João de Deus e Prem Baba, Sabrina de Campos Bittencourt teria se suicidado na noite deste sábado (2). A informação foi divulgada por um de seus filhos pelas redes sociais. Sabrina tinha 37 anos e morava em Barcelona, na Espanha.

“Ela não queria ser morta pelas quadrilhas, nem pelo câncer. Minha mãe lutou até o final. Ela não desistiu. Ela só se libertou do inferno que estava vivendo”, escreveu Gabriel Baum no Facebook. “Minha mãe passou o ano todo me preparando mas nunca estamos preparados mesmo. Ela fez mais de 300 vídeos com todas as instruções. Deixou tudo com provas, organizado. Tem um pacote de cartas”.

No texto, Baum diz ainda precisa ser forte pelos irmãos, para os quais ainda não tinha dado a notícia. “Eu preciso der forte pelos meus irmãos. Eu sou filho de Sabrina Bittencourt e somos imparáveis”, afirmou na rede social. “Tenho que cuidar dos meus irmãos agora. eles não sabem ainda e não sei como vamos dar a noticia pra eles. Obrigado”.

O suicídio de Sabrina também foi informado pela presidente da ONG Vítimas Unidas, Maria do Carmo Santos, grupo do qual ela fazia parte.

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Em nota, Maria do Carno informou que Sabrina deixou uma carta de despedida antes de se matar e na qual explicava os motivos do suicídio.

“Pedimos a todos que não tentem entrar em contato com nenhum integrante da família, preservando-os de perguntas que sejam dolorosas neste momento tão difícil. Dois dos três filhos de Sabrina ainda não sabem do ocorrido e o pai, Rafael Velasco, está tentando protegê-los”, escreveu a presidente da entidade. Ela informou também no texto que ainda não há informações sobre local do velório, “nem onde Sabrina será enterrada”.

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Nesta semana, em entrevista à coluna Terraço Paulistano, a ativista tinha falado de seus novos projetos. Sabrina afirmou que tinha a intenção de criar uma rede internacional de apoio a exilados políticos.

“Mesmo antes da renúncia do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), prevíamos que muita gente precisaria sair do país por causa da tensão política”, disse ela, ao adiantar que já estava fechando parceria com várias cidades europeias para abrigar essas pessoas. O programa seria anunciado ainda neste mês.

Em um texto postado no Facebook às 20h05 deste sábado (2), Sabrina fala de sua vida de luta pelo direito das mulheres e das minorias.

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