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Assédio sexual é mais grave que superlotação, diz pesquisa

Segurança contra abusos dentro dos coletivos foi avaliada como 'ruim/péssima' por 60% dos usuários do transporte público na capital

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 set 2017, 17h07 - Publicado em 20 set 2017, 16h44
Transporte - ônibus articulado em São Paulo
Ônibus lotado em São Paulo: assédio sexual é o que mais incomoda (Fernando Moraes/Veja SP)
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O assédio sexual é o principal problema do transporte público, segundo um estudo da Rede Nossa São Paulo feito em parceria com a organização Cidade dos Sonhos. A segurança em relação ao abuso dentro dos coletivos foi o item mais mal avaliado entre as catorze questões da pesquisa: cerca de 60% dos usuários a apontaram como ‘péssima’. Entre os outros temas abordados estão lotação, tarifas e demora nas viagens.

Foram ouvidos 1602 homens e mulheres com idades a partir dos 16 anos entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro.

Os recentes casos de violência sexual dentro dos coletivos ajudaram a confirmar essa tendência. No início do mês, foi preso o ajudante geral Diego Ferreira de Novais, que tinha dezessete passagens por crimes similares, o mais antigo deles registrado em 2009. As histórias de Novais vieram a público depois que ele foi detido (e liberado) por ejacular em uma passageira na Avenida Paulista no dia 29 de agosto.

A insegurança quanto a assédios é mais sentida pelos passageiros que moram mais longe da região central e tem menor renda e escolaridade. Entre os usuários que só cursaram o ensino fundamental, por exemplo, 74% das respostas apontaram esse problema como o mais importante. Entre quem tem renda familiar de até dois salários mínimos, o mesmo resultado chegou a 60%.

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