‘As Múmias do Faraó’ conta as fantasiosas aventuras de uma escritora
Recheado de efeitos visuais de ponta, filme é uma adaptação da série em quadrinhos homônima da década de 70
O produtor, diretor e roteirista francês Luc Besson, de 51 anos, costuma se arriscar. Às vezes acerta; outras tantas, passa longe do alvo. Entre altos (‘Imensidão Azul’, ‘O Quinto Elemento’) e baixos (‘Joana d’Arc’), atinge um bom momento na carreira com a aventura As Múmias do Faraó. Recheado de efeitos visuais de ponta, o filme é uma adaptação da série em quadrinhos homônima da década de 70. Besson escolheu locações esplêndidas em Paris, sua cidade natal. Dos figurinos à fotografia, nota-se o cuidado da produção para ambientar apropriadamente a história em 1912.
Naquela época, a espevitada escritora Adèle Blanc-Sec (a graciosa Louise Bourgoin, revelada em ‘A Garota de Mônaco’) vai ao Egito numa missão pessoal: resgatar a múmia do médico de um faraó. A jovem acredita que, ao lado de um velho cientista paranormal, poderá reavivar o doutor e, assim, ajudar sua irmã a sair do estado de coma. Enquanto isso, a capital francesa anda em polvorosa por causa de um dinossauro ressuscitado. Não demora muito para as duas tramas se cruzarem, ressaltando o delicioso lado fantástico do enredo.
Luc Besson sempre se aproximou do cinema americano e assinou os roteiros de dois execráveis trabalhos em inglês, ‘Busca Implacável’ (2008) e ‘Dupla Implacável’ (2010). Em sua incursão nessa espécie de Indiana Jones de saias, ele flerta com o estilo hollywoodiano e se sai melhor do que a encomenda. Dinâmica, jovial e perspicaz, a fita encontra um problema em sua exibição na cidade: só há cópias dubladas. Levemente aflitiva, pode atrair crianças maiorzinhas, mas, certamente, os adultos se divertirão bem mais.
AVALIAÇÃO ✪✪✪