Arenas esportivas geram novos leitos para tratamento da Covid-19
Estádios recebem instalações para quadros menos graves; unidades do Sesc também devem ceder espaço para campanhas durante a pandemia
Para controlar o número de pacientes nos hospitais durante a pandemia da Covid-19, o primeiro hospital de campanha, com capacidade para 202 leitos, está previsto para esta sexta (27), no Estádio do Pacaembu. O mesmo será feito no Centro de Convenções do Anhembi, com 1 800 lugares. As vagas serão disponibilizadas para quadros menos graves.
Hospitais de campanha oferecem atendimento provisório para desocupar as unidades de saúde. No Pacaembu, o hospital será montado em uma tenda de 6 300 metros quadrados, dentro do estádio, e administrado pelo Einstein, cuja equipe terá 509 profissionais de saúde.
No Anhembi, a prefeitura promete entregar 887 dos leitos até o dia 3 de abril para iniciar o atendimento daqui a uma semana e meia.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 5 milhões de máscaras cirúrgicas e 1 milhão de máscaras protetoras do modelo N-95 serão compradas. Também serão entregues respiradores. O total de investimento nas acomodações é de cerca de 35 milhões de reais.
Com quarenta unidades no estado, o Sesc também anunciou que vai disponibilizar seus centros culturais, que poderão servir como hospitais de campanha ou abrigar campanhas de vacinação contra a gripe.
Outros estádios paulistanos puseram suas dependências à disposição. O São Paulo ofereceu toda a infraestrutura do clube, incluindo o Morumbi. Já o Palmeiras autorizou sua arena, o Allianz Parque, a receber a campanha de vacinação contra a gripe. A iniciativa é importante para diminuir a sobrecarga do sistema de saúde e ajudar a diferenciar os pacientes com gripe dos que têm a Covid-19.
Nas redes sociais, o Corinthians afirmou que o estádio em Itaquera, o Centro de Treinamento Joaquim Grava e o Parque São Jorge estão à disposição. O Club Athletico Paulistano também ofereceu suas dependências. “Nada mais justo que nos solidarizarmos e oferecer nosso ginásio, como foi feito em 1918 durante a crise (da gripe) espanhola”, disse o presidente Paulo Movizzo.