Após teste na 23 de Maio, CET implantará faixa de motos na Av. dos Bandeirantes
Local é considerado laboratório para levá-la às marginais
O modelo de faixa de motos implantado em 5,5 quilômetros da 23 de Maio no início de 2022 será replicado ainda neste ano em outras regiões da cidade, entre elas a Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul, o que está sendo considerado um laboratório para que também seja implementado nas marginais Tietê e Pinheiros.
“Se der certo na Avenida dos Bandeirantes, também dará certo nas marginais e em qualquer lugar que for implantado”, afirma Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente do SindimotoSP. Serão 8,5 quilômetros de faixas nos dois sentidos da Avenida dos Bandeirantes, no trecho que vai do Viaduto Ministro Aliomar Baleeiro até a altura da Marginal Pinheiros.
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O novo traçado inclui obstáculos inexistentes na 23 de Maio, como cruzamentos com semáforos e uma maior concentração de faixas de pedestres. “A gente vai começar a levar a Faixa Azul (exclusiva para motos) para outros locais onde tem caminhão, faixa de pedestres, cruzamentos, para que possamos medir os resultados envolvendo outros atores da cidade. A partir desses resultados, poderemos pensar em expandir para outros locais da cidade”, afirma Ricardo Teixeira, secretário municipal de Mobilidade e Trânsito.
O trecho da Avenida dos Bandeirantes integra um total de 14,5 quilômetros de novas faixas indicativas de solo para motos — o tráfego nelas não é obrigatório — e a CET recebeu o sinal verde da Secretaria Nacional de Trânsito, ligada ao governo federal e que autoriza esse tipo de teste, para criá-las no dia 5 de agosto. Os outros dois trechos, que juntos somam 6 quilômetros, são ampliações do traçado já existente.
O primeiro virá da Zona Norte rumo ao centro, saindo da Avenida Santos Dumont até chegar à Prestes Maia, próximo da Praça das Bandeiras, em cerca de 4 quilômetros. O outro será rumo à Zona Sul, em 2 quilômetros da Rubem Berta até a Avenida dos Bandeirantes, perto do Aeroporto de Congonhas. O que a CET anseia é repetir o resultado positivo no trecho já existente na 23 de Maio, que, em seis meses, não registrou nenhuma morte de motociclista e ajudou a reduzir a lentidão.
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Publicado em VEJA São Paulo de 17 de agosto de 2022, edição nº 2802