MP pede arquivamento de ação contra ex-aluna acusada de desviar 62 mil
A jovem devolveu 44 mil reais, mas alunos afirmam que esse não é o valor devido
O Ministério Público (MP) pede o arquivamento da investigação contra a ex-aluna de arquitetura e urbanismo da Universidade Mackenzie. Ela era tesoureira da Associação Atlética Arquitetura Mackenzie e foi acusada de ter desviado 62,5 mil reais. Alunos relatam que tentaram contato com ela em setembro de 2022 e ela estava na Disney.
Segundo o MP, as provas recolhidas pela Polícia Civil no inquérito já finalizado não são o suficiente para a ação penal. A Justiça ainda irá decidir se vai arquivar o inquérito criminal. As informações são do g1.
“Os elementos informativos apontam desavença de natureza exclusivamente civil, devendo a crise de inadimplemento ser efetivamente resolvida na seara própria, de forma mais adequada”, escreveu a promotora Fernanda Narezi Pimentel Rosa.
Há uma ação com o nome da estudante na 9ª Vara Cível de São Paulo desde 4 de agosto deste ano afirmando que ela fez um depósito judicial de 44.166,21 mil reais.
De acordo com o texto, “em todas as tentativas de entrega do saldo da arrecadação do ‘Interfau‘/22 se recusou a receber o valor apurado pela ex-aluna”, por “considerar que os valores apresentados eram maiores do que ela estava demonstrando no documento”. Interfau é uma competição esportiva em que participam estudantes de arquitetura e urbanismo.
Viagem à Disney
Segundo relatos de vítimas, a estudante teria se aproveitado do posto de tesoureira para enviar para contas pessoais R$ 3.921,61 da Associação Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie e R$ 58.583,61 de atléticas de outras universidades integrantes do Interfau.
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A defesa dos estudantes afirma que, em setembro de 2022, eles tentavam fazer contato com a jovem e descobriram que ela estava na Disney.
“Ela foi selecionada no Programa de Intercâmbio do parque temático em Orlando (EUA) e, com a ajuda de amigos e parentes, além do próprio salário, viajou e passou uma temporada (de 28 de novembro de 2022 até 16 de fevereiro de 2023) trabalhando muito no Parque”, apontam os advogados.
Em nota, eles afirmam também que “a conta pessoal da jovem era utilizada com conhecimento e anuência da presidente da gestão 2022 para economizar taxas bancárias e evitar a prática das gestões anteriores de pagamento único e exclusivamente em dinheiro vivo”.