Aluguéis para a temporada estão mais caros no Litoral Sul
Os valores subiram em cidades como Guarujá, São Vicente e Santos, segundo levantamento do Creci-SP
Quem pretende curtir o fim de ano nas praias do litoral paulista deve preparar o bolso. Os aluguéis estão mais caros em vários locais, como por exemplo Guarujá, São Vicente e Santos, segundo levantamento realizado em 41 imobiliárias de doze cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).
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O aluguel diário que mais subiu foi o de apartamentos de dois dormitórios no Litoral Central, 347% mais caro neste ano na comparação com 2013. Passou de 230 reais, na média, para 1 030 reais. Para apartamentos de um dormitório na mesma região, a alta foi de de 114% em relação a 2013. Os valores saltaram de 350 reais para 750 (veja quadro no fim do o texto).
Segundo o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto, há registro de aumento em dezesseis dos 23 tipos de imóveis ofertados para locação nas imobiliárias. A pesquisa foi realizada nas cidades de Peruíbe, Mongaguá, Praia Grande, Itanhaém, São Vicente, Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
“O fato do inverno deste ano ter sido mais ensolarado, e a alta do dólar, que inibe viagens para o exterior, aumentaram a procura pelo nosso litoral, o que impactou nos preços”, diz Neto.
Com relação ao Litoral Sul, as residências de três dormitórios estão com o aluguel médio 20% maior que em 2013. A locação diária subiu de 698 reais para 844 reais. A procura também é grande pelos apartamentos de dois dormitórios, que podem ser alugados por 416 reais – 6,6% a mais que os 390 reais do Natal e Ano Novo passados.
Já as casas de dois dormitórios podem ser encontradas por 464 reais diários, 9,2% a menos que os 510 de 2013. O aluguel de apartamentos de três dormitórios baixou 42%, de 787 reais para 450 reais.
Queda no Litoral Norte
A surpresa no levantamento deste ano está em relação ao Litoral Norte, que registrou queda geral no aluguel de casas ofertadas. Em cidades como Ubatuba e Caraguatatuba, a baixa foi de 24% no aluguel médio dos imóveis com três dormitórios – de 1 270 reais para 959 reais.
“Essa queda é atípica, mas numa pesquisa minuciosa nota-se que essa região está com mais ofertas. Então, o proprietário que não quer ficar sem ganhar seu dinheiro extra alugando na temporada resolve abaixar o preço”, explica Neto.
Período de locação
Ainda segundo o levantamento do Creci-SP, os proprietários estão oferecendo locação de um até dez dias para as casas de dois, três e quatro dormitórios e para apartamentos de três dormitórios.
O número máximo de pessoas aceitas nos imóveis chega a seis nas casas de um dormitório, doze nas de dois, quinze nas de três e até dezesseis nas de quatro. Nos apartamentos, os limites são de cinco nos de um dormitório, seis nos de dois e até doze nos de três.
Ocupação dos hotéis
A ocupação de hotéis, pousadas e flats já atingiu a taxa de 85% no litoral e de 78% no interior. O crescimento médio nessas duas localidades é de 5% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP), que representa 2 500 estabelecimentos do tipo.
“Sempre que o dólar sobe favorece o mercado interno de lazer. Para o estrangeiro isso também é significativo porque fica mais barato curtir a cidade”, diz o presidente Bruno Omori.