Alemanha e França anunciam novo lockdown após segunda onda de Covid
Europa enfrenta explosão de novos casos da doença e bares, restaurantes e comércios não essenciais voltam a ser fechados
A Alemanha e a França anunciaram nesta quarta-feira (28) um lockdown parcial para controlar a segunda onda de Covid-19 nos dois países. A Europa enfrenta um aumento rápido no número de casos da doença e a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o continente europeu, em conjunto com a Rússia, Turquia, Israel e os países da Ásia Central, respondem por quase metade dos mais de 2,8 milhões de novos casos registrados na última semana.
Na Alemanha, os bares, restaurantes e estabelecimentos não-essenciais estarão fechados por quatro semanas a partir de segunda (2). As escolas e outros comércios permanecem abertos, mas os cidadãos serão aconselhados a ficar em casa e evitar viagens no período. A chanceler Angela Merkel declarou que “estamos agora em um ponto em que, pela média nacional, não sabemos mais de onde vieram 75% das infecções. Só conseguimos verificar 25%”.
As autoridades sanitárias alemãs registraram 15 mil novos casos de coronavírus em 24 horas, o maior número de diagnósticos diários no país desde o início da pandemia. Segundo o governo, os hospitais locais ainda têm capacidade para lidar com os infectados pela doença, mas há um temor que o número de leitos se torne um problema nas próximas semanas.
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A França iniciará o lockdown nesta sexta (30) e o isolamento deve durar, no mínimo, até 1º de dezembro. Escolas e serviços essenciais continuam abertos, mas o comércio ficará fechado durante o período. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que bares e restaurantes também devem parar as atividades. Para Macron, o impacto da segunda onda deverá ser pior do que a primeira.
Diversos países europeus impuseram medidas rígidas de isolamento ou lockdowns quase completos, como na Polônia. A República Checa, por exemplo, decretou toque de recolher a partir desta quarta (28) entre as 21h e 6h. O Papa Francisco também anunciou que a tradicional missa católica do Dia de Finados, no Vaticano, não será aberta aos fiéis.