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Advogados pagam 2 milhões de reais para bancar companhia da PM no Centro

Ideia foi de Nei Calderon, um do sócios do escritório, que teve a ideia depois de presenciar uma ameaça de arrastão na rua 7 de Abril

Por Clayton Freitas
Atualizado em 20 out 2023, 13h23 - Publicado em 20 out 2023, 06h00
Parceria: iniciativa partiu do advogado Nei Calderon
Parceria: iniciativa partiu do advogado Nei Calderon (ALEXANDRE BATTIBUGLI/Veja SP)
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Em maio deste ano, após presenciar comerciantes da Rua 7 de Abril, no Centro, fechando as portas com medo de terem seus estabelecimentos assaltados, o advogado Nei Calderon decidiu procurar a Polícia Militar e saber como o escritório que ele mantém em sociedade com o advogado Marcelo Rocha há 28 anos na região poderia colaborar. Depois de várias conversas desenroladas no decorrer de cinco meses, e um desembolso de 2 milhões de reais, ele conseguiu trazer uma companhia inteira da PM, com 126 homens e 24 viaturas, para o térreo do prédio onde está o seu escritório, na Rua Dom José de Barros, na esquina da 24 de Maio, em frente a uma unidade do Sesc. De brinde, ganhou uma operação específica no Centro. “Antes nenhum cliente queria mais vir para cá. Era feira do rolo, furtos, traficantes e até os comércios começaram a sair. Agora isso já não existe mais”, opina o advogado. Entre os seus clientes estão bancos como o do Brasil e Santander.

Embora parcerias da iniciativa privada com a segurança pública não sejam novidade, nunca uma guarnição inteira teve sua sede bancada dessa maneira. Antes de ocupar os 600 metros quadrados do térreo do prédio e uma laje inteira de propriedade do escritório no 3º andar, os policiais da 2ª Cia do 7º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano) estavam na Praça Roosevelt. O escritório também pagará o aluguel mensal de 23 000 reais. Procuradas, a Secretaria de Segurança Pública e a PM não quiseram comentar a parceria.

Calderon descarta fins eleitoreiros com a medida e diz se tratar de responsabilidade social. Ele afirma que o escritório já colaborou com pessoas em situação de rua, por meio de doações aos três restaurantes- escola mantidos pelo Movimento Estadual da População em Situação de Rua. Após a parceria com a PM, ele criou a Associação Move Centro SP, que irá atuar em dez quadras delimitadas pelas avenidas São João, Ipiranga, São Luís e Rua Xavier de Toledo. A associação enviou convites para 200 comerciantes com a finalidade de arregimentar sócios para apoio em novas empreitadas, que incluem a reativação de banheiros públicos, eventos culturais e reforço na zeladoria.

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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de outubro de 2023, edição nº 2864.

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