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Adriana Degreas aposta em biquínis comportados e visual vintage

Modelos têm agradado às mulheres que procuram peças mais elegantes

Por Renata Sagradi
Atualizado em 5 dez 2016, 18h28 - Publicado em 12 nov 2010, 23h17
Eva Herzigova - Adriana Degreas - 2191
Eva Herzigova - Adriana Degreas - 2191 (Luciana Prezia/)
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Os biquínis e maiôs que levam a assinatura de Adriana Degreas não lembram muito a famosa moda praia brasileira, caracterizada pela combinação “pouco pano e muita estampa”. Com ar retrô e modelagens comportadas, tem agradado às mulheres que procuram peças mais elegantes. A estilista debutou nas passarelas na edição de verão da São Paulo Fashion Week deste ano e vem colhendo bons frutos com suas recentes coleções. A recém-inaugurada loja no Shopping Iguatemi é prova do sucesso. Formada em desenho industrial pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), ela nunca sonhou com uma carreira no mundo da moda. Caiu de paraquedas no ramo em 1993, ao se casar com o grego Cesar Degreas, cuja família é dona de uma confecção de biquínis há mais de sessenta anos. O envolvimento nos negócios do marido foi inevitável e, assim, “mergulhou na praia”. Primeiro aprendendo técnicas de produção para, mais tarde, se aventurar na parte de estilo.

 

+ Veja o que mudou na moda dos biquínis de 1960 para 2010

 

Antes de lançar a marca que leva seu nome, em 2001, Adriana colaborou com pequenas coleções para grifes como Gloria Coelho, Mixed e Daslu. “Fiz o caminho inverso, construí a minha marca com tudo que aprendi na fábrica”, diz. Admiradora de artes e arquitetura, a empresária mira um público seleto e exigente. “Sempre tive paixão pelo vintage e minha avó era dona de um antiquário”, recorda-se. As peças, por vezes, lembram trajes de banho das décadas de 60 e 70 ou “as grandes festas na piscina do Copacabana Palace”, afirma, incluindo o visual das frequentadoras do lendário hotel carioca entre suas influências. “Não gosto de seguir tendências e me fixar em temas. Traço o perfil de uma mulher e crio dentro disso”, explica. Até 500 peças, entre chapéus, bolsas e maiôs, são desenvolvidas para cada coleção, das quais apenas cerca de 340 chegam às lojas. Além da exportação da marca para dezessete países, ela lançou na segunda (8) uma linha mais jovem e divertida, a Bain Hotel 33. “O segmento é outro, com coleções especiais de topless.”

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Seguindo o mote de que menos é mais, suas criações fogem das estampas mirabolantes e focam modelagens bem construídas, por vezes beirando uma moda para festas, com o uso de tecidos nobres como o tule e bordados. Para este verão, ela aposta em poucos detalhes e cores suaves. Chapéus e cafetãs — aquelas camisas longas — estão liberados. Uma tendência ousada, mas que ela acha que pode pegar, é o hot pant, espécie de calcinha de cintura alta. A opinião não é compartilhada por todos os seus pares. “As clientes olham, acham lindo, mas passam. Não chegam nem a provar”, diz o estilista Amir Slama, que acaba de lançar uma marca de moda praia que leva o próprio nome. “Peças mais elaboradas ficam lindas na passarela, mas não foram feitas para tomar sol. Para ir a festas, pode ser uma opção”, completa Slama. Adriana também acredita na moda praia que pode ser usada longe da água, como maiôs combinados com saias compridas para um jantar ou um biquíni com bordados brilhantes para comemorar o Ano-Novo. Presente em todas as suas coleções, a estampa animal segue com força, mesmo a já batida oncinha.

Apesar de centralizar todas as etapas do processo de sua confecção — comanda diretamente as 73 pessoas que trabalham na fábrica, localizada no Bom Retiro —, a empresária aperta a agenda para dedicar tempo aos três filhos, com quem viaja duas vezes por ano. “A família tem casa em Miami e acabamos indo sempre para o mesmo lugar”, conta, sobre seu destino de férias. O gosto sem muitas extravagâncias fica claro quando o assunto é o próprio guarda-roupa. “Sou básica e prefiro cores escuras”, afirma. Para incrementar o visual, investe em sapatos de designers italianos como Giambattista Valli, Sergio Rossi e Giuseppe Zanotti.

 

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