Boxeadora do bronze em 2012 ganha medalha de volta e abre academia em SP

Adriana Araújo colocou sua medalha à venda para arrecadar fundos, mas empresa arrematou e devolveu o prêmio, como investimento em sua carreira

Por Mattheus Goto
Atualizado em 11 ago 2024, 13h42 - Publicado em 11 ago 2024, 13h05

Adriana Araújo com seu bronze nas Olimpíadas de 2012, em Londres

A boxeadora baiana Adriana Araújo, vencedora da primeira medalha olímpica na categoria feminina da modalidade, vai abrir em setembro uma academia de boxe na Zona Sul de São Paulo. Ela conquistou o bronze nos Jogos de Londres em 2012 e estava prestes a se aposentar da luta, mas recebeu um apoio financeiro e mudou de planos.

Tudo começou quando Adriana tomou uma decisão difícil: vender sua medalha para arrecadar fundos e montar um restaurante na Bahia. A lutadora colocou o prêmio em leilão e pretendia usar o maior lance para deixar os ringues.

A plataforma de apostas online Superbet Brasil soube da notícia e se solidarizou com a causa. Então, desembolsou 150 mil reais para “devolver” a medalha à sua verdadeira dona e ainda apoiá-la na estruturação de uma academia de boxe.

“É uma sensação que não dá para explicar com palavras, mas sei que estou muito feliz”, diz Adriana, para a Vejinha. “Pretendo me tornar uma empreendedora, edificar a minha vida financeira e em um futuro bem próximo poder ajudar crianças que não tenham condições de pagar aulas de boxe e revelar novos talentos.”

Continua após a publicidade

A academia de boxe terá uma infraestrutura dedicada a aulas e palestras, montadas a partir da experiência de Adriana, para formar novos atletas e aproximar a comunidade de entusiastas da luta.

A Superbet também prometeu investir mais 150 mil reais para realizar mentorias em gestão para a futura professora de boxe. “Todo mundo ficou sensibilizado com o caso da Adriana. Nosso principal território é o esporte e acreditamos que nenhum atleta deve se desfazer de um sonho, de uma conquista”, comenta Patrícia Prates, diretora de marketing da empresa.

Atualmente, Adriana trabalha em um projeto social na Bahia de prática de esportes que ajuda crianças e pessoas com problemas de saúde mental e física. “O esporte é um transformador, ele mudou a minha vida”, afirma. “As mulheres arrasaram nas Olimpíadas deste ano, mostrando o quanto somos capazes de fazer a diferença.”