Acusados de matar a travesti Laura Vermont são condenados por lesão leve
Segundo o Ministério Público, a jovem de 18 anos foi espancada com socos e pauladas em Itaquera, em 2015
O 1º Tribunal do Júri da Capital condenou na sexta-feira (12) três réus por lesão corporal leve e absolveu outros dois pela morte da travesti Laura Vermont em 2015, na Avenida Nordestina, em Itaquera, na Zona Leste. O julgamento ocorreu por meio de júri popular ao longo de dois dias.
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Os réus foram Van Basten Bizarrias de Jesus, de 26 anos; Iago Bizarrias de Deus, de 24; Jefferson Rodrigues Paulo, 26; Bruno Rodrigues de Oliveira e Wilson de Jesus Marcolino, 22. Jefferson e Bruno foram absolvidos.
Os condenados teriam que cumprir um ano de pena, mas a punição foi extinta por sair mais de 4 anos depois do ocorrido. Eles respondiam à ação em liberdade.
Segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a causa da morte de Laura foi “traumatismo cranioencefálico causado por agente contundente”. O Ministério Público afirma que a jovem de 18 anos foi espancada com socos e pauladas após uma discussão.
O advogado da família de Laura, José Beraldo, disse que vai recorrer da decisão. Ele argumenta que houve suspeição por parte dos sete jurados. “Nós, da acusação representando Laura Vermont, junto do Ministério Público, estamos recorrendo porque houve manifestação dos senhores jurados. A imparcialidade tem que imperar”, afirmou.
O Ministério Público de São Paulo entrou com um pedido de anulação do júri neste sábado (13), apontando para problemas durante o julgamento.