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Vizinhos do Bixiga tentam barrar novo prédio em terreno de estacionamento

A 200 metros da Avenida Paulista, projeto da Trisul planeja apartamentos de um e dois dormitórios na Rua Almirante Marques de Leão

Por Humberto Abdo
Atualizado em 5 fev 2021, 16h59 - Publicado em 5 fev 2021, 06h00
Reprodução de como será edifício projetado pela Trisul, no Bixiga.
Na Almirante Marques de Leão, prédio da Trisul contará com lojas no térreo e reforma e iluminação do passeio público. (Divulgação/Divulgação)
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Em mais um caso de região servida por metrô e empregos, onde quem já mora faz de tudo para impedir novos moradores, vizinhos do Bixiga tentam impedir um prédio a 200 metros da Avenida Paulista. O projeto da Trisul, com apartamentos de um e dois dormitórios na Rua Almirante Marques de Leão, será construído onde hoje funciona um estacionamento, cercado por oficinas mecânicas. “Temos um avanço assustador de empreendimentos imobiliários por aqui e alguns chamaram a atenção por estar dentro de área tombada pelo Conpresp, pensada para proteger o valor histórico do bairro”, defende a moradora Fabiana Lucena, 40. “Vai abrir a porteira para outros prédios na região.”

Retrato de Fabiana Lucena, moradora do Bixiga.
Fabiana Lucena, moradora do Bixiga, é contra o empreendimento da Trisul na região. (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Em frente ao local, um terreno de 2 000 metros quadrados também chegou a provocar protestos dos condôminos do Praça dos Franceses, um conjunto de prédios de 24 andares localizado na rua de trás (o projeto “polêmico”, de apenas nove andares, ainda não saiu do papel). Em nota, a construtora afirma que obteve as aprovações do Departamento do Patrimônio Histórico e do Conpresp. “No local está previsto um empreendimento que substitui o estacionamento e comércios mal qualificados, os quais nunca se caracterizaram como patrimônios tombados. O edifício contará com lojas no térreo e reforma e iluminação do passeio público.”

 

Publicado em VEJA São Paulo de 10 de fevereiro de 2021, edição nº 2724.

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