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Lea. T sai em defesa de transexual que apareceu crucificada em Parada Gay. Leia entrevista

Com uma carreira de modelo que coleciona glórias – foi a primeira transexual na capa da revista ELLE e a estrelar uma campanha internacional de produto para os cabelos, além de exibir outras sucessivas quebras de tabus – a modelo Lea T., de 33 anos, saiu em defesa da transexual Viviany Beleboni, criticada por ter aparecido crucificada na última […]

Por João Batista Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 16h03 - Publicado em 10 jun 2015, 13h18
Lea T., 33 anos: "Sou abençoada, mas nem tudo são rosas" (Foto: Reprodução/Instagram)

Lea T., 33 anos: “Sou abençoada, mas nem tudo são rosas” (Foto: Reprodução/Instagram)

Com uma carreira de modelo que coleciona glórias – foi a primeira transexual na capa da revista ELLE e a estrelar uma campanha internacional de produto para os cabelos, além de exibir outras sucessivas quebras de tabus – a modelo Lea T., de 33 anos, saiu em defesa da transexual Viviany Beleboni, criticada por ter aparecido crucificada na última Parada Gay. “Ela quis falar dos nosso sofrimento”, afirmou. Cada vez mais espiritualizada, Lea tem passados temporadas em Alto Paraíso, Goiás, conhecida por ser uma região mística, mas não abdica de rezar o Pai Nosso diariamente. Confira entrevista:

O que achou a transexual Viviany Beleboni que apareceu crucificada na Parada Gay?
É algo delicado de se tratar, ainda mais no Brasil. Mas vamos ser corretos: por que esse assunto deu tanto drama? Eu entendo que ela possa ser má interpretada, mas não agiu de má fé. Queria passar uma mensagem sobre o que nós, trans, sofremos. Ninguém quer comparar nossa história a de Jesus Cristo. Ela quer falar do nossos problemas. Muitos famosos, como Neymar, já apareceram crucificados em capas de revista. A Madonna surgiu de pernas abertas na frente da cruz em shows. Ninguém fala nada. Mas agora, por se tratar uma transexual, o ato virou blasfêmia.

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Você particularmente gostou do que ela fez?
Ela foi muito corajosa, mas tocou em um assunto que eu não teria tocado. Tenho uma imagem de Jesus – na verdade, de qualquer divindade e de qualquer religião – que não me atrevo a tocar em um contexto que não seja religioso. Mas isso não significa que eu não precise respeitar a filosofia dela. É bem claro que ela não queria ofender ninguém. Mas são escolhas. Há artistas que usam a imagem de cruz em teatro, cinema, museu… Eu fico indignada: por que ela não pode e os outros podem?

Você é muito espiritualizada?
Eu tenho muita fé. Rezo Pai Nosso, Ave Maria… Acredito em tudo que prega a paz e o amor.

(Foto: Fotoarena/FolhaPress )

Viviany Beleboni, na Parada Gay (Foto: Fotoarena/FolhaPress )

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O que achou da troca de sexo do ex-atleta Bruce Jenner, hoje Caitlyn?

Na verdade, não sigo tanto aquela família (Jenner-Kardashian). Mas vi a história dela, que me chamou a atenção. É muito punk conseguir fazer o que fez. Para mim, a coragem maior foi passar por tudo isso tendo filhos. Precisa de uma força absurda para olhar para cara da sua filha e dizer que vai fazer tudo isso.

Depois de sua cirurgia de mudança de sexo, em março de 2012, sua carreira decolou ainda mais…
Entendendo que quando a pessoa segue o seu caminho, o destino só traz coisas legais. Mas a minha vida não tem apenas maravilhas. Eu passo pelos meus perrengues, como as outras trans. Eu fui sortuda. Agradeço de ter a família que eu tenho, presente. Me sinto abençoada, mas nem tudo são rosas.

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