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A vida em uma gaming house em véspera de campeonato

A vida dos atletas da Loud, um dos times favoritos para levar o Free Fire Pro League, que dividem uma mansão, ganham bons salários e são estrelas digitais

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 19 jul 2019, 15h22 - Publicado em 19 jul 2019, 14h39
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Neste sábado (20), a partir das 14h, ocorre a final do campeonato brasileiro de Free Fire, o jogo de celular mais popular do país. Para ter uma ideia da popularidade desse aplicativo gratuito, foi a ferramenta mais baixada e rentável no Brasil em 2018, deixando para trás não apenas outros jogos, como o viciante Candy Crush, mas famosos como o Tinder e o Netflix, de acordo com dados da consultoria especializada Sensor Tower. 

O Free Fire Pro League 2019 deverá reunir 700 pessoas no Estúdios Quanta, na Vila Leopoldina. Via on-line, o público pode chegar a 200 000 pessoas. São doze finalistas que disputam um prêmio de 35 000 reais.

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(Alexandre Battibugli)

Para os concorrentes, vale mais o troféu e o título do que o dinheiro. Entre os favoritos, aparece a turma da Loud, um time com sete jogadores e influenciadores digitais, que reúne milhões de seguidores nas redes sociais: Crusher, Coringa, MOB, Bradoock, VinZx, GS e Babi, a única menina do grupo. Até a mascote do pessoal, a cadelinha Loud Skar, é uma influenciadora com mais de 235 000 seguidores no Instagram.

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Desde fevereiro deste ano, os jovens com idades entre 17 e 23 anos vivem em uma mansão de 1 000 metros quadrados em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Trata-se de uma “gaming house”, algo que tem se tornado febre nesse universo dos jogos, um lugar que lembra o conceito de reality shows como Casa dos Artistas e Big Brother. Os atletas moram lá e, além de treinar para campeonatos, têm sua vida monitorada por câmeras. No lugar das emissoras abertas como SBT e Rede Globo (que possuem audiência zero na residência desse pessoal que é 100% adepto ao streaming), esse dia a dia é transmitido pelo YouTube.

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“Batizamos de Mansão Loud e mostramos aos espectadores o nosso estilo de vida”, diz Bruno “PlayHard” Bittencourt, 25, youtuber com mais de 8 milhões de assinantes e um dos sócios do time. Ele não abre valores, mas graças ao patrocínio de marcas, o negócio deverá render 12 milhões de reais só neste primeiro ano. Estima-se também que cada jogador ganhe um salário médio nesse mercado, entre 10 000 e 15 000 reais.

Bruno também vive em uma gaming house, mas no Rio de Janeiro. “Quis reunir apenas os competidores profissionais de Free Fire e esse não é o meu caso”, diz o youtuber. Volta e meia, aparece por lá e dá dicas para o coletivo. A equipe também é acompanhada por coach e nutricionistas. Nessa jornada de trabalho, cada um precisa produzir pelo menos sete horas de conteúdo semanais para o canal no YouTube do time e outras para o canal pessoal, além de treinar para os campeonatos e “bombar” o Instagram. 

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Nesse cotidiano entre câmeras e celulares, a equipe pouco usa os luxos da mansão, como o ofurô e a piscina. Por causa da distância de São Paulo, quando sai do condomínio fechado, a turma vai passear em shoppings, onde normalmente é reconhecida por fãs, como verdadeiros popstars. “Normalmente temos contato virtual com o nosso público e é bem legal vê-los pessoalmente”, diz Coringa.

Alguns jogadores de outras cidades nunca visitaram a Avenida Paulista, por exemplo, nem sabiam que ela fica aberta ao público aos domingos. O salão de festas, no subsolo, é acionado normalmente aos finais de semana, quando o pessoal se reúne para assistir a séries no Netflix ou improvisar uma balada com um som que vai do pop ao funk. “É uma loucura, mas bem divertido”, diz Bárbara Passos de Souza, 20, a Babi. Ela trancou a faculdade de direito, em Belo Horizonte, para se tornar gamer em São Paulo. “No início, meus pais ficaram desconfiados, mas viram que tudo é profissional”, conta.

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Todos vêm de famílias de classe média baixa e, com os ganhos, ajudam no orçamento doméstico. “Minha vida virou do avesso, para melhor”, comemora Marcos Vinicius Viturino Dias, o Loud MOB, caçula da turma, com 17 anos. Até o ano passado, o garoto fazia um curso técnico em enfermagem e acordava às 4h da manhã para trabalhar como estagiário em um hospital na periferia carioca. Recebia todo mês cerca de 500 reais, valor que não chega a 5% de seus ganhos atualmente. “Aos poucos, as pessoas começam a conhecer novas profissões como a minha e essa nova realidade”, conta.

A seguir, conheça mais o time: 

LOUD GS

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De União da Vitória, no Paraná, o Gilson Santos, ou GS como ficou conhecido, tem 24 anos e está no meio gamer há cinco. Sempre sorridente, o paranaense bonitão, além de exímio jogador, curte dar dicas de jogadas.

LOUD MOB

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Marcos Dias saiu do Rio para conquistar o mundo ou, mais precisamente, buscar realizar seu sonho, um título mundial em Free Fire. O menino que mostrou para os pais que existe potencial no universo dos games enche de animação a mansão da LOUD e planeja trabalhar na área por muitos e muitos anos.

LOUD Bradoock

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https://www.instagram.com/p/BxgBTLCgg3_/

O menino Samuel Borges começou a jogar com 10 anos e não parou mais. Do PC passou para o celular, onde a popularidade levou ao convite para fazer parte da LOUD. Vindo de Jaboticabal, uma cidade do interior de São Paulo, o criador de conteúdo de 19 anos diz que está se habituando à vida de jogador profissional.

LOUD ViniZx

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Paulistano de Santo André, com 18 anos, Vinícius Cardoso se destaca nas lives. “Quando a gente quer, mesmo que seja difícil, a gente faz tudo acontecer”, ensina aos seus seguidores.

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LOUD Coringa

https://www.instagram.com/p/Bz6epo6gmsu/

Mineiro de Belo Horizonte, Victor Augusto, 22 anos, é um dos criadores de conteúdo mais dedicados. Agora, está focado totalmente nos campeonatos, sempre trazendo dicas preciosas para os fãs. Conhecido como o rushador do time (na gíria, um dos jogadores da primeira linha), passou seu aniversário de 22 anos em junho na gaming house. 

LOUD Crusher

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Com milhões de fãs nas redes sociais, Arthur Ramos, 19 anos, trouxe para a LOUD toda sua experiência como criador de conteúdo. Desenvolto na frente das câmeras, é o mais tímido da turma.

LOUD Babi

https://www.instagram.com/p/Bz9NyTypImB/

Barbara Passos, 20 anos, é mineira de Belo Horizonte e sempre foi apaixonada por esportes em geral, deste futebol até peteca, modalidade na qual diz ser craque. Mas foi seu talento em Free Fire que chamou a atenção da LOUD. Hoje, ela é a primeira ex futura advogada a entrar para o time e morar junto com o grupo. “Ainda há uma crença de que homens jogam mais do que mulheres, mas é uma bobagem”, diz.

 

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