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Donata Meirelles é criticada por festa com negras fantasiadas

No sábado (9), a empresária pediu desculpas em suas redes sociais e esclareceu a escolha do cenário e das roupas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 fev 2019, 18h21 - Publicado em 9 fev 2019, 16h44

As principais personalidades da Bahia estiveram no Palácio da Aclamação, em Salvador, na sexta (8) para dar os parabéns à empresária Donata Meirelles, em seu aniversário de 50 anos. Passaram por lá Caetano Veloso, que fez um pocket show, Margareth Menezes, além de outros artistas e empresários.

Donata escolheu uma decoração com temática baiana, mas não foi bem interpretada por alguns internautas… Assim que as primeiras fotos surgiram na internet, ativistas criticaram. Para eles, parecia cenário em homenagem ao Brasil Colônia escravocrata, com mulheres negras fantasiadas de mucamas e as cadeiras do candomblé foram interpretadas como “tronos de sinhá”.

“A branquitude ama vivenciar o ranço da escravidão, porque afinal de contas eles gostariam que não tivesse acabado mas, será que acabou?”, escreveu, em uma postagem nas redes sociais, a cantora negra Joyce Fernandes, conhecida como Preta Rara.

No sábado, Donata pediu desculpas com um post no Instagram: “Nas fotos publicadas, a cadeira não era uma cadeira de Sinhá, e sim de candomblé, e as roupas não eram de mucama, mas trajes de baiana de festa. Ainda assim, se causamos uma impressão diferente dessa, peço desculpas.”

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E para você: as negras retratadas parecem mucamas ou simplesmente vestem fantasias de baianas?

Leia os posts completos e as fotos da festa.

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Uma diretora de uma famosa revista fez 50 anos ontem 08/02 e comemorou com seus amigos num hotel luxuoso na Bahia com vários artistas famosos,até aqui tudo bem! A decoração da sua festa foi tipo Brasil Colônia Escravocrata, com direito a mulheres pretas vestidas de mucama ambientando a festa e recebendo os convidados, como vimos na foto até o trono da sinhá tinha. Terão pessoas nesse post que falarão que não viram problemas nenhum que é mimimi e por aí vai, pois qdo não se sabe argumentar utilizam dessas falácias pra tentar reverter o irreversível. A branquitude (não estou falando do indivíduo e sim de uma sociedade privilegiada por ter a pele alvo mais que a neve) voltando… A branquitude ama vivenciar o ranço da escravidão, pq a final de contas eles gostariam que não tivesse acabado mas, será que acabou? Vivemos na tal escravidão moderna, onde nossas dores viram fantasias, decoração de festas pra beneficiar o mal gosto das sinhás e sinhóres. A senzala moderna continua sendo o quartinho da empregada. Quando leio sobre escravidão dá um nó na garganta, arrepia a pele e é óbvio que sinto meu corpo doer, sinto as dores dos meus ancestrais, afinal de contas fazem apenas 131 anos que o Brasil “deixou” de ser escravocrata. Nossas dores não pode ser fantasias, estampa de roupa ou decoração. O problema do racismo nem é dos pretos e de vcs que estão sentados nesse trono aí da foto trabalhados no privilégio, sendo assim revejam! E a sua riqueza hoje tem sangue indígena e preto, o que vc faz pra reparar essa história? E eu cobro mesmo, seja na internet ou cara a cara, pq aqui não passa batido não. Um povo sem história é um povo sem memória, a nossa história nesse país foi escrita com sangue, morte e dor e estamos aqui pra dar uma nova sequência para que não esqueçamos o nosso passado porém reescrever essa história atual de luta, resistência e sorriso, pq sorrir para nós tbm é um ato político! O tempo fechou pra vcs branquitude e agora não abaixaremos mais a cabeça até que todxs pretxs sejam realmente livres ✊🏿 . No meu storie tem mais fotos desses absurdos #PretaRara #BeemBonita #PesaDona #doshow50

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Ontem comemorei meus 50 anos em Salvador, cidade de meu marido e que tanto amo. Não era uma festa temática. Como era sexta-feira e a festa foi na Bahia, muitos convidados e o receptivo estavam de branco, como reza a tradição. Mas vale também esclarecer: nas fotos publicadas, a cadeira não era uma cadeira de Sinhá, e sim cadeira Emanuelle usadas em todos os lugares do mundo e as roupas não eram de mucama, mas trajes de baiana de festa feitos por elas próprias.Ainda assim, se causamos uma impressão diferente dessa, peço desculpas. Respeito a Bahia, sua cultura e suas tradições, assim como as baianas, que são Patrimônio Imaterial desta terra que também considero minha e que recebem com tanto carinho os visitantes no aeroporto, nas ruas e nas festas. Mas, como dizia Juscelino, com erro não há compromisso e, como diz o samba, perdão foi feito para pedir.

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(Reprodução/Veja SP)

 

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