São Paulo nas Alturas

Por Raul Juste Lores

Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura

Cidades

A arte imobiliária de Victor Reif

O judeu chegou ao Brasil em 1950, depois de ter sobrevivido a dois campos de concentração em sua Polônia natal

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29 mar 2018, 11h33

Victor Reif (1909-2000) era arquiteto, incorporador e artista. Além de projetar e construir o Edifício Inajá, na Rua Dr. Veiga Filho, em Santa Cecília, ele urdiu a escultura prismática que parece drapear a entrada social do prédio. Os painéis de jacarandá-da-baía e as luminárias no térreo são obra de seu sócio na empreitada, o arquiteto e designer Jorge Zalszupin. O judeu Reif chegou ao Brasil em 1950, depois de ter sobrevivido a dois campos de concentração em sua Polônia natal. Não foi morto porque foi obrigado a trabalhar como engenheiro para os algozes nazistas. Em São Paulo, fez diversos residenciais em Higienópolis. Com a falta de trabalho e um incêndio que destruiu seu escritório na Avenida Paulista, dedicou-se a lecionar no Mackenzie por trinta anos.

Unknoawn-3 — – (Raul Juste Lores/Veja SP)

Unknaown-1 — – (Raul Juste Lores/Veja SP)

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