Auditório do Memorial da América Latina é relíquia do antigo Parlatino
Seu prédio hoje abriga a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência; a plateia tinha planos para receber programação musical

Esta joia de 560 lugares tem uso mais que bissexto, coitada. Parte do Memorial da América Latina, que completa trinta anos neste mês, é a melhor coisa do antigo Parlatino. O desajeitado edifício demonstra que, como cliente, o então governador Orestes Quércia não soube exigir muito do arquiteto Oscar Niemeyer. Seus quatro andares, hermeticamente fechados, têm escassas janelas, voltadas para um fosso central circular. O claustrofóbico lugar é ocupado hoje pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Um projeto para ocupar o auditório com programação musical nunca foi adiante.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 20 de março de 2019, edição nº 2626.