Felipe Neto critica leitura “forçada” de Machado de Assis por jovens
Para o youtuber, a obrigação de se ler obras do realismo e do romantismo pode gerar adolescentes "que acham literatura um saco"
O youtuber Felipe Neto causou polêmica em suas redes sociais neste sábado (23) ao criticar a leitura obrigatória de obras clássicas. “Forçar adolescentes a lerem romantismo e realismo brasileiro é um desserviço das escolas para a literatura”, escreveu.
De acordo com o influenciador, autores como “Álvares de Azevedo e Machado de Assis NÃO SÃO PARA ADOLESCENTES! E forçar isso gera jovens que acham literatura um saco”. A opinião gerou polêmica no Twitter.
Entre as críticas a Felipe está a Stephanie Ribeiro, apresentadora do Decore-se, na GNT. “É um absurdo e retrocesso um youtuber com milhões de seguidores chamando de desnecessária a literatura clássica brasileira, e citando nominalmente Machado ao dizer que não é uma leitura pra adolescente”, escreveu ela.
Forçar adolescentes a lerem romantismo e realismo brasileiro é um desserviço das escolas para a literatura.
Álvares de Azevedo e Machado de Assis NÃO SÃO PARA ADOLESCENTES! E forçar isso gera jovens que acham literatura um saco. pic.twitter.com/ay4D763YpY
— Felipe Neto (@felipeneto) January 23, 2021
Confira a repercussão:
A matéria de Literatura na escola não é simplesmente “ler umas coisas”, ela aborda aspectos histórico-sócio-culturais, evoluções artísticas e todo o contexto em torno das obras estudadas. NÃO DÁ pra simplesmente trocar por uns livros infanto-juvenis modernos, isso não faz sentido
— pats 🎸 (@tric0s) January 23, 2021
Legal o debate! eu acho q o problema do desinteresse é pq a literatura é introduzida muito tarde. Se a literatura começasse no ciclo basico, desde os 7/8, com obras divertidas, atuais, aos 16 a pessoa ja teria musculatura pra leituras dos clássicos.
— Nil (@nilmoretto) January 23, 2021
Se literatura fosse inserida na vida das crianças antes delas serem alfabetizadas, Machado de Assis não seria terrível na adolescência. O problema da educação é que o aluno só tem acesso a livros na adolescência. E aí é lógico que vai odiar os clássicos.
— laryssa (@assyrall) January 23, 2021