O que esperar do show do U2 neste fim de semana
Está na dúvida se vai ou não ao show? Confira o que rolou na primeira noite e decida se vale investir nos ingressos de 260 até 900 reais
A corrida para a compra dos mais de 200 000 ingressos disponibilizados deixou claro que a expectativa para as apresentações da banda U2 em São Paulo estavam lá em cima. A sequência de apresentações faz parte da turnê de comemoração dos trinta anos do disco The Joshua Tree, que os colocou no mapa do rock mundial. Desta forma, o espetáculo foi dividido em três partes: antes de TJT, durante TJT e sucessos depois do lançamento deste álbum. Ou seja, uma performance recheada de hits. Saiba como foi a noite de estreia e programe-se para o show neste fim de semana (sim, ainda há alguns ingressos disponíveis).
Mas antes…
Enquanto o público entrava, subiu ao palco Noel Gallagher’s High Flying Birds. Como toda banda de abertura, é pouco provável que cative a platéia. No entanto, Gallagher fez repaginações dos sucessos dos Oasis, o que chamou atenção da turma na fila do bar, por exemplo. Little By Little, Champagne Supernova, Don’t Look Back with Anger e, claro, Wonderwall (a última do set dos caras), levantaram belos coros dos desavisados.
Agora vai…
A trupe de Bono Vox subiu ao palco com um pouco de atraso. O telão gigante estava apagado, o que dificultava encontrar o quarteto em um palco montado no meio da plateia. Dali, a banda embalou logo de cara a potente Sunday Bloody Sunday. Seguiram com outros dois fortes hits, New’s Years Eve, Bad e, depois de citar Renato Russo e Cazuza, entoaram um trecho de Heroes, de David Bowie e Pride (In The Name of Love). A luz da grande tela se acende com um fundo vermelho e a árvore em preto. Cantam então Where The Street Have No Name, I Still Haven’t Found What I’m Looking For, With Or Without You e Bullet the Blue Sky, Running to Stand Still… O9 lado B do disco distraiu a plateia: alguns sentaram, outros já partiram para reabastecer os copos de cerveja.
A animação mesmo só voltou quando o painel exibiu cores vibrantes e os primeiros acordes de Beautiful Day começaram a surgir. Passaram por Elevation e Vertigo (com mais uma menção a Bowie com Rebel, Rebel).
Discursos politizados sobre imigração (com direito a vídeo ironizando Trump e seu muro) e a luta pela igualdade dos sexos marcaram a performance. A turma aplaudiu a camiseta de Larry Mullen Jr, o baterist, com “Censura Nunca Mais”, em português mesmo, nas costas. Outro momento de vibração foi durante a faixa Ultra Violet, quando retratos de grandes nomes femininos surgiam na tela. Dos nomes brasileiros, apareceram personalidades como Taís Araújo, Maria da Penha e Conceição Evaristo.
O belo encerramento se deu com a música One, que fez o estádio iluminar com as lanternas dos celulares, acompanhada de um coro de mais de 70 000 pessoas. As próximas apresentações rolam neste sábado (21), domingo (22) e na quarta (25), a partir das 21h. Os ingressos custam a partir de 260 reais até 900 reais.