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Antigo estúdio de cinema do ABC recebe mostra sobre a sua história

Evento aque vai até domingo (17) terá exibição de filmes e exibição de peças do seu acervo

Por Gabriela Del'Moro
Atualizado em 15 nov 2019, 13h08 - Publicado em 15 nov 2019, 10h24

Começou nesta sexta (14), a 1ª exposição do Estúdio e Pavilhão Vera Cruz, em comemoração ao aniversário de 70 anos do espaço, que contará parte da trajetória da companhia cinematográfica fundada em 1949 pelo produtor italiano Franco Zampari e o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho. Com entrada gratuita, a mostra vai até domingo (17), aberta para o público das 14h às 21h.

Armazenados em um acervo com poucos cuidados, mais de oitocentos itens que contemplam os anos de glória do estúdio como figurinos, veículos, acessórios, roteiros e cartazes foram revitalizados para participarem da exposição. Entre eles encontra-se uma caminhonete Chevrolet dos anos 30 nomeado Anastácio, utilizado em produções como o filme “Sai da Frente” (1952), estrelado por Amácio Mazzaropi.

Anastácio: cena do filme Sai da Frente com o Chevrolet que estará em exibição (Divulgação/Divulgação)

Além disso, todos os dias duas salas de cinema se revezam para exibir três filmes: “Caiçara” (1950), de Adolfo Celi, Tom Payne e Jonh Waterhouse, a primeira produção da companhia Vera Cruz, “Tico-Tico no Fubá” (1952), também de Celi, e um mini documentário que conta a história do estúdio. As sessões acontecem as 16h30 e as 18h30. Para as crianças, o longa “Turma da Mônica: Laços”, lançado este ano, será projetado as 14h30.

História

Entrada da Companhia Cinematográfica Vera Cruz: estúdio dos anos 50 (Divulgação/Divulgação)

Fundada em uma antiga fazenda do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz funcionou como palco de produções audiovisuais nacionais de 1949 a 1954. Do próprio estúdio saíram 22 filmes, mas contando parcerias, a quantidade sobe para 40 obras.

Dentre os títulos mais renomados, encontra-se “O Canguaceiro” (1953), de Lima Barreto, que levou prêmios de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festival de Cannes de 1953. Do mesmo ano, Sinhá Moça, de Tom Payne, fez sucesso ao retratar romance de Maria Dezonne Pacheco Fernandes.

Apesar do grande número de películas produzidas em apenas cinco anos, o estúdio fechou as portas em 1954 quando passava por dificuldades financeiras. Foi apenas em 1980 que o local de quase 40 mil metros quadrados voltou a ser utilizado, mas para outros fins. Feiras de diversas temáticas e grandes eventos alugaram o local até o início dos anos 2000.

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Complexo de 40 mil metros quadrados: pavilhão Vera Cruz comemora 70 anos (Divulgação/Divulgação)

Foi apenas em 2003 que o estúdio estreitou laços com o cinema nacional ao ser utilizado como locação nas gravações do longa Carandiru, de Héctor Babenco. Depois desta breve passagem, o complexo voltou à inatividade.

Em 2015, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), cedeu por 156 milhões uma concessão de 30 anos do espaço para a empresa privada Telem (Técnicas Eletro Mecânicas). No entanto, com falhas contratuais, a atual gestão da cidade, Orlando Morando (PSDB), rescindiu o acordo em 2017.

Desde então, o Vera Cruz está nas mãos da prefeitura que tem buscado revitalizar o local. Para tal, voltou a alugar para eventos variados como feiras gastronômicas. Além disso, o espaço foi utilizado nas gravações de programas de TV como The Four Brasil, da RecordTV,  e o quadro The Wall do Caldeirão do Huck, da Rede Globo.

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Exposição 70 anos de estúdio Vera Cruz
Avenida Lucas Nogueira Garcez, 856, Jardim do Mar, São Bernardo do Campo.
De quinta (14) a domingo (17), das 14h às 21h.
Entrada: gratuita.
Estacionamento: gratuito.

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