Acidente com avião da TAM completa dez anos sem punição
A batida provocou a morte de 199 pessoas
Há um mês, o Tribunal regional Federal da 3ª região manteve a decisão de absolver três pessoas no processo do acidente com um avião da TAM em 2007. Dois ex-executivos da empresa, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro e Alberto Fajerman, e a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil Denise Ayres Abreu eram acusados de atentado contra a segurança do transporte aéreo.
O resultado da segunda instância saiu poucos dias antes de a tragédia completar dez anos. Por volta das 18h40 do dia 17 de julho de 2007, o voo 3054, que havia partido de Porto Alegre, recebeu autorização para pousar em São Paulo. O avião tocou a pista molhada pela chuva, não desacelerou como deveria e, 24 segundos depois, colidiu com o edifício da TAM Express e um posto de gasolina na Avenida Washington Luís, na Zona Sul.
A batida provocou a morte de 199 pessoas. É o acidente com o maior número de vítimas na aviação brasileira. A perícia constatou que, além de problemas de atrito na pista de Congonhas, houve uma pane no sistema de reverso do airbus. Após o episódio, a Infraero realizou uma série de reformas no aeroporto, incluindo a recuperação de 2 000 metros da pista. Em 2012, a área do acidente foi transformada na Praça Memorial 17 de Julho, em homenagem às vítimas.