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Por Matheus Prado
Matheus Prado é repórter de VEJA SÃO PAULO e já passou por veículos como Estadão, Folha de S.Paulo e UOL. Experimenta, neste blog, fazer coisas que nunca fez.
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Fui ver qual é a dos jogos de realidade virtual

Tecnologia te transporta para dentro do cenário dos jogos; "me empolguei tanto com a coisa que minhas pernas tremeram"

Por Matheus Prado
Atualizado em 5 jun 2019, 15h52 - Publicado em 5 jun 2019, 15h50

Sabe aquele medo de estar sendo observado enquanto se faz algo vergonhoso? Tipo algum vizinho te ver dançando durante a faxina ou tomar um tombo no transporte público na frente de vários desavisados? A partir deste temor, desenvolvi algo que chamo, sem embasamento científico nenhum, de vergonha alheia própria (poderia chamar simplesmente de vergonha, eu sei, mas perderia um pouco da graça). Trata-se de um mecanismo de autocensura em que, após ponderação, evito ou não fazer uma coisa que possa me colocar em situação embaraçosa perante outros, mediante o que eu pensaria se visse alguém fazendo a mesma coisa.

Precisei me afastar desse medo bobo (alô, Maiara & Maraisa!) para conseguir aproveitar minha visita a um espaço de realidade virtual. Mas o que é isso? Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, trata-se de um ambiente de simulação ou recriação do real que resulta da utilização de tecnologia informática interativa. De forma simples e objetiva, você usa um óculos especial com uma tela à frente dos seus olhos, o que dá a sensação de estar dentro do ambiente digital.

A utilização mais desenvolvida para essa inovação é, sem dúvidas, no mundo dos jogos. E a relação disso com a tal vergonha alheia própria é simples: imagina o festival de poses inusitadas, para se dizer o mínimo, num lugar cheio de gente utilizando tais óculos e interagindo com a plataforma. Mas, depois de finalmente testar a parada, posso afirmar, assim como fizeram as sertanejas na música citada acima, “se eu soubesse tinha feito antes”.

É extremamente prazeroso – e ligeiramente viciante – viver um jogo de tão perto. Enquanto permaneci “dentro do servidor”, estava pouco me lixando para as poses esdrúxulas que fazia dentro do parque, que na verdade é uma casa na Vila Mariana. Isso porque rola um nível de absorção muito grande. Além dos óculos, você usa fones de ouvido e controles que assumem os movimentos das mãos, que ajudam a fortificar a ideia de realidade ali. A sensação é de que não existe nada entre você e a tela.

Testei uma série de jogos por lá, em modos diversos. O “mais básico”, chamado experiência imersiva, é o que o gamer usa somente os óculos e os controles. E o que conta com mais opções de jogos. Foi quase uma terapia (juro!) matar zumbis numa caverna escura enquanto as criaturas gritavam e corriam na minha direção. Ou girar e movimentar sabres de luz para atingir alvos em movimento.

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Há modos ainda mais interativos. Na arena, por exemplo, o controle dá lugar a uma arma e o game pode ser jogado em grupo. Me juntei com uma funcionária da casa e juntos demos cabo de uma série de monstros e animais peçonhentos. No mundo virtual, a arma soltou tiro, chamas, laser. Doideira.

Hiper-realidade: cenário x jogo (Divulgação/Veja SP)

O formato mais imersivo de todos, chamado de hiper-realidade, combina itens físicos, experiência digital e o conceito de escape room. É complexo. Você fica dentro de uma sala milimetricamente pensada para responder aos movimentos propostos pelo jogo. Ali você anda, resolve charadas, acende tocha, usa o reflexo de um espelho, anda na ponta dos pés para não cair num precipício. Me empolguei tanto com a coisa que minhas pernas tremeram. Mas no fim das contas deu tudo certo e eu consegui escapar dali.

Voltaria? Com certeza. Vale para crianças não tão pequenas e adultos. Mas vá com pessoas dispostas e que gostem de jogos. A sessão de aproximadamente 30 minutos custa 40 reais, duas por 60. VR Gamer. Rua Dona Inácia Uchoa, 373, Vila Mariana. Ter. a dom., 13h às 22h.

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