Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino é uma fantasia densa que prende a atenção
Coprodução entre Uruguai, Brasil, Argentina, Filipinas e Holanda, longa foge do convencional e traz protagonista em silêncio na maior parte do tempo
✪✪✪ Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino, de Alex Piperno, é um drama com toques fantásticos que não se propõe a explicar ao espectador exatamente o que está acontecendo. Na verdade, todos os eventos apenas fluem ao seu tempo.
É necessário compreender que o desenvolvimento do filme se dá muito mais pela exploração de diferentes ambientes do que por diálogos ou possíveis elucidações. A começar pelo cruzeiro em que um jovem marinheiro trabalha: entre os corredores há uma porta “mágica” que o transporta imediatamente para um apartamento em montevidéu.
O protagonista passa a maior parte de sua aventura em silêncio, apreciando o lugar que conhece sem querer e, também, a mulher que ali reside. Ao mesmo tempo, o filme (uma coprodução entre Uruguai, Brasil, Argentina, Filipinas e Holanda) conta outra história em paralelo: a de um grupo de camponeses rurais que encontra uma cabana abandonada.
Assim como no cruzeiro, o local também possui um segredo. Contemplativo e intrigante, o longa tem como maior mérito o cuidado visual do diretor, que narra a ficção por meio da força das cores e imagens. Em cartaz nos cinemas e nas plataformas digitais a partir do dia 22.
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Publicado em VEJA São Paulo de 21 de julho de 2021, edição nº 2747