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Satyanatha dá dicas de como começar a meditar

Autor do perfil @satyanatha, ele trocou uma vida comum, em que trabalhava com consultoria estratégica por sete anos de dedicação à meditação

Por Satyanatha
Atualizado em 14 dez 2018, 17h10 - Publicado em 14 dez 2018, 06h00

“Ah! Eu queria me transformar. Não ser mais esta pessoa, um pouco cansada de mim. Não que não me goste — é claro que eu gosto das qualidades cultivadas, das felicidades conquistadas, das tristezas puídas e gastas que repousam no fundo de mim sem já incomodarem tanto. É que, às vezes, dá trabalho ser eu. Queria começar de novo. Uma página de papel em branco, um celular saído da caixa: uma pessoa nova. Ou, pelo menos, mudar aquilo que me irrita e incomoda.”

Nós, que somos humanos, já sentimos isso algum dia. As pessoas que você mais admira não venceram só obstáculos no mundo. Elas venceram a falta de coragem de mudar, dentro delas. Todos nós temos aquilo que funciona, que então mantemos. No primeiro dia de aula nos sentamos em um lado da sala, e aí — salvo terremoto, tufão ou pessoa chata — sentaremos ali, na mesma área, pelo resto do semestre. Escolhemos algo em um restaurante — e quanto melhor o prato for, mais nos aprisionará, sutilmente, e pediremos sempre a mesma comida.

Quanto mais importante algo é na nossa identidade, mais difícil será mudar isso. Os nossos enganos mais doídos; os medos e tristezas de estimação — ou as conquistas mais belas e suadas. Nós nos conhecemos através de histórias (e estórias) que contamos a nós mesmos. “Eu nasci; aí aconteceu isso, que me mudou e definiu quem sou; aí estudei ali, trabalhei aqui. E mais isso me marcou. Eu sou essa história”, dizemos, com outras palavras. Acreditamos ser a nossa narrativa. E não somos.

Somos a consciência, a essência atrás das memórias e dos pensamentos. Uma criança que caminhe por um jardim, com seus 3 ou 4 anos, é um grande cientista. Vê o lagarto. Vê as flores! Enxerga aquilo que nós, adultos cansados de narrativas longas e com a mente cheia, não conseguiríamos enxergar. A criança tem a mente aberta, a leveza do não acontecido.

É por isso que existe a técnica da atenção plena — mindfulness. Imagine receber um abraço: caloroso, amoroso, sincero; raro nestes dias. Se a sua mente está livre de uma longa narrativa, você apenas absorve e recebe este amor. Sente tudo. Acolhe a vida, com gratidão em si. Mas se a sua mente estiver transbordada, nenhum abraço será simples. Será mais um capítulo em um longo livro, um alento, uma leve alegria depois da mágoa, um momento transitório antes da tempestade, ou o que quer que se encaixe na sua narrativa. A sua história é importante. Trouxe referências e deu parâmetros. Ela deixou com você ferramentas, aprendizados, sabedoria, significados, alegrias e tristezas. Mas ela insiste em querer ditar quem você será hoje — e nisso, pobre dela, ela não tem poder de mandar. Você é a sua consciência. Ela tem energia, que pode estar presa na sua narrativa, na longa história que você conta para si sobre quem você é. Liberte- a. É sua energia, livre, que levará você a quem quiser ser, quando você a colocar em movimento, e a vida responderá.

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MEDITAÇÃO

Relaxe e respire lentamente, até mergulhar no silêncio dentro de si. A cada pensamento que vier, afirme sem palavras: eu sou energia, não isto. Mergulhe mais fundo. Liberte a essência que estava presa em memórias, ideias, apegos e definições antigas que já não mais têm uso.

(Arquivo Pessoal / Reprodução/Veja SP)

Satyanatha, mais conhecido como Sat, não teve medo de mudar: trocou uma vida comum, em que trabalhava com engenharia da computação e consultoria estratégica por sete anos de dedicação à meditação no monastério indiano Kauai Aadheenam.

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