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Por Bárbara Öberg
A repórter Bárbara Öberg fala sobre bem estar, exercícios, saúde e novidades para melhorar a rotina.
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Aos 55 anos, mulher deixa depressão para trás e se torna campeã de remo

Era meia-noite e trinta e sete minutos de sábado para domingo quando o email de Lorena Kruger pousou na minha caixa postal. Não vi, no outro dia continuei não vendo, até que, no finzinho do domingo quando eu já tinha enfiado o pé na jaca (#NãoMinto), e buscava uma motivação pra começar a semana: plim. […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 16h23 - Publicado em 1 jun 2015, 20h08

canoa

Era meia-noite e trinta e sete minutos de sábado para domingo quando o email de Lorena Kruger pousou na minha caixa postal. Não vi, no outro dia continuei não vendo, até que, no finzinho do domingo quando eu já tinha enfiado o pé na jaca (#NãoMinto), e buscava uma motivação pra começar a semana: plim. Eu vi o email que dizia “Nunca é tarde para começar”. Nele, essa curitibana de 55 anos, me descreve que, há sete anos, no auge de uma depressão e recém-separada, a vida dela mudou radicalmente. Foi durante um rolê de bike em Santos, pra onde havia se mudado há pouquíssimo tempo… ela parou pra contemplar o mar e viu uma embarcação estranha – ou diferente pra ela – e, num devaneio desses que, sim, a gente tem, ela sonhou estar ali…

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Parece que uma força maior enviou um emissário. Um velhinho, bem velhinho, apareceu ao lado dela e falou: “Eu remo isso aí. É uma canoa havaiana”. Lorena não botou fé que aquele senhor de idade avançada pudesse ser capaz de tamanho esforço. Até que ele disse, apontando pro outro lado da rua, que lá havia uma escola e que seria interessante ela se informar. Lorena me contou que, olhou pra escola e quando percebeu, o velhinho já tinha sumido. De arrepiar, né? #SouDessaQueAcreditaEmCoisasCósmicas. Seja como for, esse velhinho foi uma espécie de mensageiro do bem. Depois daquela conversa inesperada, Lorena, então com 48 anos, começou a ter aulas de canoa havaiana.

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Segunda etapa campeonato brasileiro, em Bertioga

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Por um ano remou numa canoa de seis lugares. Depois quis mais. Aí, comprou uma canoa individual, batizou a bicha de Docinho, e se aventurou sozinha pelo mar. Começaram, então, surgir os sopros de incentivo pra que ela competir. Mas aos 50 anos? Aquilo soava pouco apropriado pela idade, me contou. Só que não. #SQN. Com essa idade, ela poderia competir na categoria máster (49 a 59 anos). Pronto, foi o impulso que precisava. Na primeira prova: 1º lugar individual, 2º lugar em dupla mista e 1º lugar na canoa de 6 lugares.

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Ahhhhhhhhhhhh foi um arraso, ainda mais pra quem, até pouco tempo, estava afundada numa deprê total. Vou abrir um parênteses: gente, depressão é uma doença muito, muito, muito séria. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 121 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo. Até 2030, a doença vai prevalecer, à frente do câncer e de algumas doenças infecciosas, como HIV. Fecha parênteses.

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Bem, depois de conquistar suas medalhas, Lorena passou a levar a coisa a sério. Treinar com afinco – pra valer. E pá: tornou-se uma veterana dos pódios. Ganhou todas as provas da qual participou na sua categoria. Tipo: 10 pra ela X zero pra depressão. #Amo. Hoje, aos 55 anos, tornou-se uma atleta federada e penta campeã paulista, bi campeã brasileira na categoria super máster. #Uau. Também tirou o 4º lugar no mundial de 2014 no Rio de Janeiro em equipe de 6 atletas.

Em geral, ela é a mulher mais velha das provas. “Mas faço a mesma quilometragem dos atletas de ponta”, orgulha-se. E pensa que tem moleza? Ela acorda às 5 da matina pra remar e também faz musculação. Com tantas medalhas, ela tem apoio da academia C4, onde treina, e da marca de roupas de ginástica Água Marinha. E olha q legal: aprendeu a costurar e passou a fazer capas pras suas pra canoas… “Faço florida, não gostava daquelas capas pretas.” Faz também pros amigos. E sabe o que é mais lindo de tudo? Ela não lembra mais a última vez que teve depressão. Livrou-se dos remédios (com acompanhamento médico) e abraçou a nova vida. “O mar traz surpresas, é como estar no ventre da mãe.”

Sabe que mensagem ela quis deixar aqui, pra vocês? Que nunca é tarde pra mudar. “É só arregaçar as mangas e com força de vontade, conseguimos”.

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Festival Aloha Spirit que inclui várias modalidades

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Não é o máximo?

Adorei, Lorena. Boas remadas, a gente se vê por aí.

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Se você quiser seguir a Lorena no Facebook, o endereço dela é Lorena Kruger.

Pra me seguir: @canseidesergorda_ ou no Facebook: Cansei de Ser Gorda.

Se você quiser enviar uma sugestão, escreva pra mim. A dica do texto de hoje veio assim e eu amei. Meu email é: chrismartinez@butiquedeletras.com.br (mas não vai entupir a minha caixa de mensagens com maldades, porque eu sou do bem!).

Um beijo, até mais.

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