O filme “Num Lago Dourado”, de Mark Rydell, foi lançado em 1981 e oscarizou Henry Fonda e Katharine Hepburn como ator e atriz do ano. Também serviu como um acerto de contas entre o protagonista e Jane Fonda, pai e filha nas telas e na realidade, em torno da relação conturbada que os dois alimentaram pela vida afora. O texto de Ernest Thompson, originalmente produzido para o palco, ganha montagem brasileira dirigida por Elias Andreato que estreia em 9 de abril no Teatro Renaissance. A dupla central é revivida pelos atores Ary Fontoura e Ana Lúcia Torre.

Perto dos 80 anos, Norman Thayer é um professor aposentado que decide passar as férias com a mulher em uma casa de campo próxima a um lago paradisíaco. O sossego é interrompido pela chegada inesperada de Chelsea (vivida pela atriz Tatiana de Marca), a filha do casal, que mantém uma relação tensa com o pai e traz junto o futuro marido (interpretado por André Garolli) e o enteado (papel de Lucas Abdo). O elenco é completado por Fabiano Augusto.

O peso dramático do filme foi amenizado, e o espetáculo promete fazer uma leitura mais voltada à comédia romântica sem, claro, abrir mão dos conflitos familiares vistos no cinema. “O artista desenvolve os seus projetos de acordo com a sua realidade”, afirma Elias Andreato. “Contar uma história de amor entre dois idosos, com inteligência, amor e poesia, também é um ato político hoje em dia.” 

“Num Lago Dourado” fica em cartaz a partir de 9 de abril no Teatro Renaissance nas sextas e sábados, às 21h30, e nos domingos, às 18h, com ingressos a R$ 80,00, até 2 de julho.

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