Com Fabiana Gugli, “Leopoldina, Independência e Morte” volta ao CCBB
A peça de Marcos Damigo tem sessões especiais na semana da Independência do Brasil, entre a sexta (6) e a segunda (9)

Durante uma série de apresentações no Museu do Ipiranga, a atriz Fabiana Gubli interpretou a austríaca Leopoldina (1797-1826), mulher de Dom Pedro I, que, então regente interina, declarou o país livre de Portugal. Por questões de agenda, Fabiana ficou de fora da montagem da peça, escrita e dirigida por Marcos Damigo, que ganhou o palco do Centro Cultural Banco do Brasil, entre maio e junho do ano passado, sendo substituída por Sara Antunes.
Leopoldina, Independência e Morte está de volta no mesmo CCBB para uma rápida temporada em comemoração da Independência do Brasil, entre a sexta (6) e a segunda (9), com ingressos a R$ 30,00. E, dessa vez, é Fabiana que assume o papel principal, ao lado do ator Plínio Soares, que representa José Bonifácio.
Em tempos de representatividade urgente, Leopoldina, Independência e Morte traz à tona uma personagem importante relegada ao time dos figurantes. Nos registros oficiais, porém, pouco sobrou além da imagem de esposa traída e resistente à adaptação aos trópicos, enquanto, na verdade, foi ela quem libertou o Brasil de Portugal.
Dividida em três partes, a montagem começa com a protagonista irritada diante da possibilidade de fincar pé no Brasil. Culta e refinada, ela se incomoda com a falta de liberdade e o esnobismo da família do marido. O monólogo se quebra quando a imperatriz recebe a visita de José Bonifácio (papel de Plínio Soares), seu aliado. No ápice do espetáculo, Leopoldina, solitária e delirante no leito de morte, revê as muitas perdas e os poucos ganhos. As sessões estão prometida para sexta (6), sábado (7) e segunda (9), às 20h, e domingo (8), às 18h.