Vingança a Sangue-Frio

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Desde meados dos anos 2000, sobretudo por causa da cinessérie Busca Implacável, Liam Neeson “incorporou” o papel do justiceiro. E, por incrível que pareça, é justamente o ator quem prejudica Vingança a Sangue-Frio. Trata-se do remake inglês-americano de O Cidadão do Ano, dirigido, em 2014, pelo mesmo realizador, Hans Petter Moland. Naquela produção norueguesa, havia humor mordaz contrastando com assassinatos em série. Moland segue à risca o seu original e coloca Neeson como o pai sedento de vingança, que vai atrás de traficantes após a morte de seu filho. A comédia de humor negro ainda se mantém devido à coleção de corpos se acumulando ao longo da trama em meio à violência propositalmente exagerada. No filme nórdico, era algo inusitado; aqui, parece uma história contada por um Guy Ritchie genérico. Como ficou marcado por personagens de cara amarrada, Neeson destoa do conjunto e leva muito a sério uma brincadeira sanguinária. Direção: Hans Petter Moland (Cold Pursuit, EUA/Inglaterra/Canadá/França/Canadá, 2019, 119min). 16 anos. Estreou em 14/3/2019.

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