Tunga: O Corpo em Obras
Resenha por Tatiane de Assis
Deixe o apego às ideias de começo, meio e fim do lado de fora do Masp para aproveitar a mostra Tunga: o Corpo em Obras. As 86 peças do pernambucano, morto em 2016, estão distribuídas numa estrutura perpendicular sem seguir nenhuma linha de tempo. Perto de 80% das obras vieram diretamente de seu ateliê, no Rio de Janeiro. Algumas ainda estão sem data de produção catalogada, caso dos desenhos para Eixo Exógeno (à dir.). Para conseguir as tonalidades apresentadas, ele usou maquiagem — material estranho às artes, mas que confere uma dimensão íntima aos trabalhos.“Ela é a pintura da pele, do corpo”, explica um dos curadores, Tomás Toledo. Entre os estudos sobre diferentes partes do corpo, há também fios de cobre moldados como cabelos e esculturas nas quais as formas de dedos e pernas se misturam.