Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas
- Direção: Apichatpong Weerasethaku
- Duração: 113 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Tailândia/Inglaterra/França/Alemanha/Espanha/Holanda
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr



Diretor tailandês de 40 anos, Apichatpong Weerasethaku já teve sua filmografia exibida nas salas alternativas, mas, pela primeira vez, um filme dele chega ao circuito comercial. Contribuiu para o lançamento de seu novo (e esquisito) drama a recompensa com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2010. O cinema de Apichatpong não é de fácil digestão. Encontra-se aí, porém, uma de suas virtudes. Entre o real e imaginário, o realizador constrói um interessante painel de vida e morte. Na trama, o tio Boonmee (papel de Thanapat Saisaymar) está com os dias contados por causa de insuficiência renal. Na companhia da cunhada, quer passar seus últimos dias em sua casa de campo. Lá, sua mulher, já morta, aparece para uma visita, assim como o filho, que virou um macaco-fantasma todo peludo depois de ter sumido por anos. Um fantástico trabalho de áudio, com sons próprios da floresta, leva o espectador a um mundo à parte, habitado por espíritos de várias formas. Uma coisa é certa: não vai faltar assunto para depois da sessão. Estreou em 21/01/2011.