Thor: Ragnarok
- Direção: Taika Waititi
- Duração: 130 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA
- Ano: 2017
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Thor (Chris Hemsworth) descobre que Loki (Tom Hiddleston) está vivo. Em Asgard, Odin (Anthony Hopkins) desaparece. E, para pior, Hela (Cate Blanchett), a deusa da morte, quer destruir o reino e começa por estraçalhar o martelo do deus do trovão. Como se nota, Thor — Ragnarok é para iniciados porque se trata de uma sequência. Mas, ao contrário dos dois filmes anteriores, Thor (2011) e Thor — O Mundo Sombrio (2013), embarcar em sua trama espirituosa independe de informações prévias. No melhor dos três filmes da cinessérie com o herói da Marvel, o diretor neozelandês Taika Waititi (vindo do cinema independente com O que Fazemos nas Sombras, por exemplo) imprimiu agilidade à trama e muito, muito humor. E é este o grande trunfo da atração. Pop, pop, pop, Waititi faz tocar Immigrant Song, do Led Zeppelin, na luta de Thor contra Hulk numa vibrante (e divertida) sequência. Piadas e referências salpicam uma história cujo visual remete aos anos 70. O realizador assumiu de vez o lado “camp”, um flerte entre o brega e o kitsch, na cenografia e figuridos coloridíssimos e também na canastrice exagerada da vilã de Cate Blanchett. Deu ainda uma repaginada no protagonista. Saíram as longas madeixas démodés e entrou um corte de cabelo curto e repicado. E Chris Hemsworth pegou o espírito da coisa. Com físico invejável, espalha graça com a mesma energia que distribui sopapos. Estreou em 26/10/2017.