Telhado de Ninguém
Resenha por Catherine Barros
Criada pela Companhia do Polvo, a montagem Telhado de Ninguém faz uma bela junção entre teatro e circo. A história foca uma mulher ilhada em cima de um telhado, por causa da enorme quantidade de lixo que há no chão. Um homem naufraga nessa sujeira e acaba encontrando o mesmo refúgio. Ali no alto, ambos começam a disputar a posse do pequeno espaço. A peça não tem falas; são os efeitos sonoros e a música tocada ao vivo por Andrei Presser que dão ritmo ao enredo. Bem entrosados, os atores Natalia Presser e Nico Serrano protagonizam cenas engraçadíssimas de brigas, competições e também de afeto e amizade. A criançada vai ao delírio quando eles pulam em uma pequena cama elástica, desenvolvem manobras no slackline e apresentam uma coreografia apoiados numa antena parabólica. A narrativa ganha ainda mais graça quando um ratinho beeem malandro dá a volta nos personagens, que não percebem a sua presença — mesmo quando as crianças da plateia gritam para que os atores olhem para todos os lados. Rec. a partir de 4 anos. Estreou 28/04/2017.