Talib Kweli
- Recomendação: 18 anos
Resenha por Luan Flavio Freires
Letrista talentoso, o rapper nova-iorquino Talib Kweli, de 39 anos, nunca vendeu milhões de discos nem foi uma voz frequente nas rádios. Isso, contudo, não o impediu de despertar a admiração da crítica e de angariar o respeito dos seus pares. No fim dos anos 90, ele formou o Black Star com o DJ Hi-Tek e Mos Def. A parceria teve vida breve: Def logo alçou voo-solo e investiu na carreira de ator. O primeiro álbum de Kweli sozinho, o elogiado Quality (2002), trazia entre os produtores um quase desconhecido Kanye West. Jay Z, outro fã, homenageou a destreza do músico no ano seguinte, em um dos versos da memorável Moment of Clarity. O mais próximo que ele chegou do mainstream foi em 2007, com Eardrum. Lançado pela Warner, o trabalho alcançou a segunda posição nas paradas americanas e contou com colaborações de Norah Jones, will.i.am (do Black Eyed Peas) e Justin Timberlake. Seu destino na música seguiu por um caminho sem hits, mas de um legado notório. Os paulistanos podem voltar a vê-lo no Superloft nesta semana — o artista participou da Virada Cultural em 2013. Ele mostra as rimas espertas e batidas retrô de Ms. Hill, Get By e Purest Heart como atração principal da festa Jambox. Antes dele, sobe ao palco o brasileiro radicado na Flórida NIKO IS. Os DJs Sleep, EB e Nedu Lopes aquecem a pista nos intervalos. Dia 7/8/2015.