Stanley Kubrick
Resenha por Jonas Lopes
Os cinéfilos não serão os únicos a se encantar com a exposição dedicada à vida e à obra do genial cineasta americano. Após rodar por várias cidades desde 2004, a exemplo de Paris, Zurique, Berlim e Amsterdã, a montagem está em cartaz no MIS, onde passou por adaptações ao espaço assinadas pelo diretor executivo do museu, André Sturm. Recluso, obsessivo e pouco inclinado aos festejos da imprensa, Stanley Kubrick (1928-1999) conseguia imprimir uma marca forte aos filmes, e alguns deles ganharam espaços temáticos espetaculares. Nenhum supera o de O Iluminado: o espectador anda por um corredor claustrofóbico que emula o sinistro hotel da história e abre portas para encontrar objetos cenográficos, como a máquina de escrever e o machado do personagem de Jack Nicholson. Marcam presença também um dos ambientes de 2001: Uma Odisseia no Espaço, a Sala de Guerra de Doutor Fantástico, o bar de Laranja Mecânica. Barry Lyndon tem discutida sua relação com a pintura de Watteau e Gainsborough. Os mais de 500 itens reunidos revelam-se informativos. São cartazes, esboços de roteiros, fotos de bastidores, lentes de câmeras, figurinos e até a estatueta do Oscar de efeitos especiais, por 2001, em 1969. De 11/10/2013 a 12/1/2014.
Para delírio dos fãs: muitos objetos originais estão na exposição, caso das máscaras usadas em De Olhos Bem Fechados e da estatueta do Oscar de efeitos especiais, vencido por 2001: uma Odisseia no Espaço, em 1969.
Dica: Há menos filas para visitar a exposição na hora do almoço.