RoboCop
- Direção: José Padilha
- Duração: 108 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Quando foi lançado, em 1987, RoboCop era uma ficção científica. Essa refilmagem, ambientada em 2028, traz aos tempos “quase” atuais uma história muito próxima da realidade futura. Nela, os robôs fabricados pela OmniCorp agem livremente em Teerã, mas uma lei os impede de proteger a população americana. Esbravejando em seu programa de TV, um apresentador (interpretado com sagacidade por Samuel L. Jackson) quer que os drones atuem em Detroit e, por isso, apoia Raymond Sellars (Michael Keaton), o CEO da empresa. Surge, então, uma ideia a princípio promissora: criar um híbrido de homem e máquina. A cobaia do projeto será Alex Murphy (papel do sueco Joel Kinnaman, do seriado The Killing), policial que investigava um esquema de corrupção e sofreu um atentado que o deixou mutilado. O doutor Dennett Norton (Gary Oldman) fica responsável por transformar Murphy na tal criatura. Casado e pai de um garoto, o tira entra em crise ao saber de seu estado físico — pouco lhe restou do seu corpo. Diretor dos dois Tropa de Elite, o carioca José Padilha teve um orçamento de 140 milhões de dólares e carta branca de Hollywood para realizar o longa-metragem. Nota-se a dinheirama investida nas eletrizantes cenas de ação ou nos bacanas efeitos visuais. O melhor do roteiro, porém, está em sua porção dramática — no doloroso confronto de Murphy com sua família e em sua revolta em ter virado um ser cibernético. Estreou em 21/2/2014.
Foi suado: Joel Kinnaman perdeu 7 quilos na primeira semana de filmagens por causa da armadura, feita de borracha e plástico.