Que Estranho Chamar-se Federico
- Direção: Ettore Scola
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Itália
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Federico Fellini (1920-1993) foi um dos grandes cineastas da história e, até hoje, não há substituto nem discípulo à sua altura. Amigo dele, o diretor Ettore Scola, de 83 anos, presta uma bela homenagem ao mestre nesta cinebiografia. Embora siga uma narrativa linear (focada no início da vida profissional de Fellini), o roteiro também imagina como teriam surgido alguns personagens marcantes de sua filmografia, a exemplo da prostituta de Noites de Cabíria (1957). Vindo de Rimini, onde nasceu, o jovem Federico (Tommaso Lazotti) chega a Roma, em 1939, para fazer um teste de chargista no jornal Marc’Aurelio. Ganha o emprego e a amizade dos colegas mais velhos. Anos depois, já um realizador em início de carreira, conhece Scola (Giulio Forges Davanzati), prestes a ingressar no mesmo pasquim. Para quem é fã ou cinéfilo, a fita tem um irresistível sabor nostálgico. Além de registros reais (como as filmagens na Fontana di Trevi de A Doce Vida), o desfecho se dá com trechos de obras marcantes: A Estrada, Amarcord, 8 1/2 e E la Nave Va, embalados pela inebriante trilha sonora de Nino Rota. Estreou em 5/6/2014.