Para Poucos
- Direção: Antony Cordier
- Duração: 103 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: França
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Se os triângulos
amorosos tornaram-se lugar-comum no cinema,
a prática do suingue continua tabu. O título vem,
portanto, a calhar. Será preciso encarar de cabeça
aberta a polêmica abordagem proposta por um
drama singular e, realmente, para plateias seletas.
Também roteirista, Cordier foge de qualquer
traço moralista e exibe situações em que a liberdade
e o prazer estão em primeiro lugar. Os personagens
não se impõem regras, mas possuem certo pudor na infidelidade.
Na trama, Rachel
(Marina Foïs) trabalha
numa loja de bijuterias
artesanais, onde conhece
Vincent (Nicolas Duvauchelle), o rapaz responsável
pelo site da empresa. Ambos são casados
e têm filhos. Na sequência, há um jantar ao
lado de seus respectivos parceiros. Marido de Rachel,
Franck (Roschdy Zem) escreve livros sobre
terapias corporais. Teri (Elodie Bouchez), esposa
de Vincent, é tradutora. O vinho traz relaxamento
e, numa oportunidade a sós, Franck beija e acaricia
Teri. Os quatro chegam a viajar juntos e não
se importam com a troca de casais. Mas será possível
um relacionamento assim dar certo? A fita,
estrelada por elenco enxuto e eficiente, demonstra
a relevância e a maturidade para tratar de assuntos
ousados do cinema europeu de hoje, tão
mais comportado do que em décadas passadas. Estreou em 09/12/2011.
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