Pânico 4
- Direção: Wes Craven
- Duração: 111 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2011
Resenha por Miguel Barbieri Jr



Diretor de “A Hora do Pesadelo” (1985), Wes Craven conseguiu
revitalizar o terror em 1996 com “Pânico”. Se não revolucionou
o gênero, o longa-metragem deu início a uma legião de fãs,
os mesmos que viram minguar a criatividade nas continuações de
1997 e 2000. Eis, então, a boa-nova para os seguidores da cinessérie:
“Pânico 4” não decepciona em sua fórmula de juntar humor e
pavor. Craven, que também assina a produção do filme, reuniu o
mesmo trio de atores principais e trouxe de volta o roteirista Kevin
Williamson, ausente na terceira parte.
O quarto capítulo começa com uma divertida sequência de pegadinhas
de horror cuja paródia ao próprio “Pânico” é explícita. Na trama
principal, Sidney Prescott (Neve Campbell), agora uma mulher
trintona, regressa à cidade natal depois de dez anos para lançar
um livro de autoajuda. Perseguida pelo matador mascarado, ela
reencontra a tia (Mary McDonnell) e uma prima (Emma Roberts),
além de alguns amigos, como o xerife Dewey (David Arquette) e a
escritora Gale Weathers (Courteney Cox). Não demora muito para
o assassino voltar à ativa retalhando suas vítimas com um facão.
Roteirista e realizador adotam a forma narrativa do “whodunit”
(quem matou?). Mas, até chegar à identidade — bastante surpreendente — do criminoso, há piadas hilariantes e autorreferências
espirituosas. Entre as participações especiais, repare na rápida
aparição de Anna Paquin, estrela do seriado “True Blood”.
Imitada ao longo de quinze anos, a série “Pânico” virou símbolo
da geração de adolescentes da década de 90 e ganhou cópias baratas
(“Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” é um exemplo).
Todas elas ignoraram a esperta frase dita por uma das protagonistas
do episódio atual, que o torna ainda mais irresistível: “A primeira
regra de uma refilmagem é nunca mexer com o original”. Estreou em 15/04/2011.