Amores Imaginários

- Direção: Xavier Dolan
- Duração: 95 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Canadá
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr





Canadense de Quebec, o diretor Xavier Dolan tinha apenas 20 anos quando lançou seu primeiro longa-metragem, o irregular Eu Matei Minha Mãe, de 2009. De volta à cena, teve a comédia Amores Imaginários (2010) recompensada com um prêmio no Festival de Cannes. Dolan narra aqui a singela história do gay Francis (papel do próprio realizador) e da hétero Marie (Monia Chokri). Eles dividem um apartamento e se interessam pelo mesmo cara: o loiro de cabelos cacheados Nicolas (Niels Schneider). O pretendente adora a companhia deles e não se intimida em dormir (e só dormir) juntinho dos novos amigos. Sem jeito para perguntar qual a sua orientação sexual, Francis e Marie ficam dias tentando disfarçar o desejo e a insegurança. Além de talentoso, o cineasta possui um estilo inconfundível. Em visual pop vintage, Dolan traça um simpático painel das incertezas da juventude GLS e reforça sua habilidade para criar sequências como se fossem belos videoclipes. Ouvidos atentos à saborosa trilha sonora, que vai de Bach a Dalida (e a memorável Bang Bang, também usada por Quentin Tarantino em Kill Bill), passando por nomes menos conhecidos, a exemplo de Fever Ray e House of Pain. Estreou em 18/11/2011.