Ondine
- Direção: Neil Jordan
- Duração: 111 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA/Irlanda
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr


O diretor irlandês Neil Jordan tem uma carreira prestigiada, porém de altos (“Traídos pelo Desejo”, “Fim de Caso”) e baixos (“A Premonição”, “Valente”). Faz parte de seus momentos menos inspirados seu novo drama. Trata-se aqui do improvável relacionamento de Syracuse (Colin Farrell) e Ondine (papel da polonesa Alicja Bachleda). Ele é um pescador divorciado que recolhe em sua rede uma mulher de passado misterioso. Annie (Alison Barry), a pequena e doente filha de Syracuse, mata a charada: Ondine seria uma selkie, foca transformada em gente remetendo a uma folclórica criatura. A moça vai entrando na vida da família e embarcando na fantasia proposta pela garota. Dá até para se entreter com essa fábula romântica, sobretudo pelas belas locações no litoral irlandês e pela competente direção de fotografia de Christopher Doyle (de “Paranoid Park” e “Amor à Flor da Pele”). O realizador, no entanto, dá um banho de água fria na plateia ao injetar inoportunas doses de realismo nos minutos finais da trama. Estreou em 05/11/2010.