O Príncipe do Deserto
- Direção: Jean-Jacques Annaud
- Duração: 130 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: França/Itália/Tunísia
- Ano: 2011



Resenha por Miguel Barbieri Jr.:
Diretor badalado nos anos 80 por
causa de filmes como “A Guerra do Fogo” (1981)
e “O Nome da Rosa” (1986), o francês Jean-Jacques
Annaud pretende dar uma de David Lean fazendo aqui seu Lawrence da Arábia. Mas a
intenção morre na areia a partir da metade da
trama — é aí que o roteiro desanda, consegue
ficar confuso e aborrecer a plateia. A história
começa bem e como uma aventura épica. No
início do século XX, dois sultões fazem um
acordo na Arábia. Além de a região conhecida
como Cinturão Amarelo ficar intocada, Amar
(Mark Strong) dará ao inimigo, Nesib (Antonio
Banderas), seus dois pequenos filhos. O tempo
passa. Enquanto Saleeh (Akin Gazi) cresce com
sede de justiça, seu irmão caçula, Auda (Tahar
Rahim, de “O Profeta”), volta-se para a cultura e
os livros. A situação de paz muda quando um
americano insiste que a região proibida é rica
em petróleo. Não dá outra: o “ouro negro” jorra
e o reino de Nesib enriquece. A partir daí, haverá
mortes, revoltas, caravanas pelo deserto, gente
com sede e fome. Em produção de época caprichada,
que reproduz à perfeição detalhes
árabes nos cenários, a fita, em desmedida ambição,
insiste na emoção, que nunca chega. Estreou em 13/04/2012.