O Julgamento de Viviane Amsalem
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- Direção: Ronit Elkabetz, Shlomi Elkabetz
- Duração: 115 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Israel/França/Alemanha
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
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Indicado por Israel para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro neste ano, O Julgamento de Viviane Amsalem merecia estar entre os finalistas. Trata-se de um contundente, imprescindível e sufocante trabalho dos irmãos Ronit e Shlomi Elkabetz. A dupla toca numa ferida de seu país por meio de um drama de tribunal singular. Praticamente todo ambientado entre as quatro paredes de uma sala, o filme tem tensão permanente e, em seu desenrolar, pede a cumplicidade do espectador (algo parecido foi feito no fabuloso A Separação). A trama traz à tona a tortuosa trajetória de Viviane Amsalem (papel da diretora), que, há três anos, tenta conseguir que o marido (Simon Abkarian) concorde com o divórcio. Como ele se recusa terminantemente a atender ao pedido, Viviane, mãe de quatro filhos e casada há trinta anos, tem seu caso levado a um tribunal de rabinos ortodoxos. Eles vão ouvir ambas as partes, testemunhas e dar o veredicto. A partir daí, a protagonista encara longas idas e vindas kafkianas através dos anos, sempre acompanhada de seu fiel e persistente advogado (o ótimo Menashe Noy). De um pequeno fato doméstico, o longa-metragem expõe uma situação recorrente de uma sociedade patriarcal e machista. Estreou em 20/8/2015.