O Golpista do Ano
- Direção: Glenn Ficarra, John Requa
- Duração: 102 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: França/ EUA
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr




As primeiras notícias sobre as filmagens de “O Golpista do
Ano”, em maio de 2008, davam conta de que a produção
seria uma comédia trazendo Rodrigo Santoro na pele do
namoradinho de Jim Carrey. Exibida no Festival de Sundance em
janeiro de 2009, a fita chega agora aos cinemas paulistanos —
nos Estados Unidos, seu lançamento está programado só para o
fim de julho. Há especulações sobre o atraso: o longa-metragem
é ousado e difícil de ser rotulado. Por isso, os distribuidores,
entre eles os americanos, não devem saber a quem endereçá-lo.
Ao longo da projeção, a plateia notará estar diante de algo
singular. O humor, por exemplo, transita da caricatura para
momentos negríssimos. Em trabalho radical, o roteiro exibe
algumas sequências pesadas de sexo, mas sempre em tons
divertidos. Lá no fundo, trata-se de uma história de amor gay.
O resultado, contudo, só ganha satisfação plena com a entrega de
Jim Carrey e Ewan McGregor, que não tiveram medo de abraçar
papéis polêmicos. Inspirada em fatos reais e recolhida de livro homônimo
do jornalista Steve McVicker, a trama apresenta a
excêntrica trajetória de Steven Russell (Carrey).
Esse policial descobre que pode ter uma vida mais
confortável fraudando companhias de seguro. Embora casado
com Debbie (Leslie Mann), mantém parceiros homossexuais
— Santoro faz um dos primeiros. Muita coisa muda
depois de Russell ir parar na cadeia. Atrás das grades,
conhecerá a verdadeira paixão nos braços do meigo
presidiário Phillip Morris (McGregor). Estreou em 03/06/2010.