O Diário da Esperança

- Direção: Janos Szász
- Duração: 112 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Hungria/Alemanha/ Áustria/França
- Ano: 2013
Resenha por Miguel Barbieri Jr.





Ainda é possível lançar um olhar sobre a II Guerra Mundial com originalidade? A resposta encontra-se em O Diário da Esperança, indicado pela Hungria para concorrer ao Oscar no ano passado. Na trama, conduzida com segurança e surpresas por Janos Szász, gêmeos de 12 anos (papéis de András e László Gyémánt) são enviados pelos pais para viver com a avó materna (Piroska Molnár). Lá, a dupla vai comer o pão que o diabo amassou. Amarga, ressentida e sem um pingo de afeto, a velha mora reclusa numa casa decrépita na área rural de um vilarejo e, não à toa, é conhecida como “a bruxa”. Inocentes, os meninos encontram uma nova realidade, que inclui trabalhos forçados, comida da pior espécie e vizinhos aproveitadores, além de bombardeios e mortes. A transformação dos garotos lembra a do personagem de Christian Bale em Império do Sol (1987). Antes frágeis e amorosos, eles ganham coragem no cotidiano violento. O diretor assume um tom frio e áspero para focar um trágico período da história sob a ótica dos pequenos sobreviventes. Estreou em 16/4/2015.