Morangos Silvestres

- Direção: Ingmar Bergman
- Duração: 91 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: Suécia
- Ano: 1957
Resenha por Miguel Barbieri Jr.







Um clássico é um filme que continua fresco e impactante mesmo com o passar do tempo. De 1957, Morangos Silvestres retorna às telas em ótima cópia restaurada e faz parte dos longas-metragens sem validade vencida. A deslumbrante fotografia em preto e branco emoldura o acerto de contas com o passado do professor e médico Isak Borg (Victor Sjöström). Aos 78 anos, ele sai de Estocolmo para receber uma homenagem, em Lund, pelo cinquentenário de sua carreira. A nora (Ingrid Thulin) o acompanha na viagem de carro. O diretor Ingmar Bergman mistura sonho e realidade, juventude e velhice, alegrias e dissabores em sua reflexão existencial. A prima Sara (Bibi Andersson), assim como outros parentes, ressurge nas amargas lembranças. Ao longo do caminho, o motorista dá carona a um trio de viajantes e também a um casal de meia-idade em crise. Reencontra a mãe e tem uma visão da mulher morta. Dos flashbacks, nascem os questionamentos da vida presente. Com quase seis décadas, a obra-prima ainda se mantém conservada em formol — não só pelo roteiro incisivo, mas também pela realização irradiante. Reestreou em 26/11/2015.