Moby
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Pedro Ivo Dubra
Em março, o nova-iorquino Richard
Melville Hall organizou um livro de
ensaios sobre a indústria de alimentos. Foi
mais uma empreitada de um sujeito politicamente
correto (alguns preferem considerá-lo
um chato de galochas mesmo), vegetariano
convicto, dono de uma casa de chás orgânicos
e que ganhou fama mundial como DJ, produtor,
cantor, multi-instrumentista e compositor.
É essa faceta de músico que Moby (referência
a Moby Dick, clássico da literatura publicado
por seu antepassado Herman Melville em
1851) mostra novamente na cidade, onde
esteve há cinco anos.
Hiperativo também em termos de referências
sonoras — punk, soul, funk e, sobretudo,
eletrônica —, esse brilhante melodista
apresenta o disco Wait for Me (2009), o nono
gravado em estúdio. Moby já declarou, porém,
que vai fazer um show calcado nos seus
maiores sucessos, mais ou menos 75% das
pedidas. Do novo registro, ele tem incluído
Shot in the Back of the Head, instrumental que
ganhou uma animação dirigida pelo cineasta
David Lynch. De outros tempos, devem pintar
Porcelain e Natural Blues, pertencentes a Play
(1999), CD cujas vendas ultrapassaram
10 milhões de cópias. Antes e depois de animar
a plateia ao lado de um quinteto (às 22h30),
o astro encontra no camarim cenoura, espinafre,
pasta de grão-de-bico, gengibre, geleia de
morango e maçã — ele pediu para não ver em
hipótese nenhuma na sua frente café, refrigerantes
e bebidas alcoólicas. Também estão
escalados para a noite a banda Copacabana
Club (21h30), os DJs 2Headz (22h) e o trio de
DJs Killer on the Dancefloor (0h).